Daiany Mossi
O teste da orelhinha, um dos exames mais eficazes realizado nos recém-nascidos, não está sendo realizado pela Policlínica Infantil e o motivo seria a falta de funcionários.
“Estive na Policlínica em duas oportunidades e fui orientada a procurar a rede particular”, disse Sabrina, mãe de uma menina de cinco meses.
Na Policlínica, os funcionários relatam a falta de pessoal e atribuem a não realização do teste a existência de apenas um fonoaudiólogo, sendo que este está em laudo médico.
A Policlínica realiza mensalmente 90 testes. O serviço está parado desde o mês de março.
A secretária Saionara Marques confirmou a indisponibilidade de médico no setor e disse que a Secretaria tenta a contratação de mais profissionais, mas não há interesse por parte dos mesmo.
A fonoaudióloga titular deve retornar nos próximos dias.
Teste da Orelhinha
Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo. Isso acontece a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz.
É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
Bom, depois dessas informações fica mais fácil saber a importância do Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal (exame de Emissões Otoacústicas Evocadas), que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. Ao contrário do nome parecido com o teste do pezinho, no Teste da Orelhinha não é preciso fazer um furinho na orelha do bebê (ainda bem).
Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz.
O exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.
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