sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Fomos à guerra e voltamos


Por Leonardo Cendón

Fazia calor na rodoviária de Pantano Grande quando paramos pela terceira ou quarta vez na viagem. A cigana velha que tentara me vender uns tapetes, agora lia minha mão. Eu viveria até os 120 e precisava fazer um sinal com dinheiro para abrir as pernas de um amor que não deu certo. Quando expliquei que não gosto de misturar dinheiro com espiritualidade, me rogou uma praga:
- Tu vais perder um braço e uma perna.
Com três horas de estrada por percorrer, não era exatamente um tiro na lua. Talvez ela acertasse. Mas àquela altura, seis horas de chão às nossas costas, não havia o que fazer.
- Então vou ter que pular num pé só - respondi, e voltei para junto dos membros da TOURU, com quem viajava. O dia era de paz. À noite, sabíamos, algo muito ruim nos esperava em Parobé.
A atmosfera de ódio que se manifestou na primeira partida da final fora irresponsavelmente alimentada ao longo da semana. Como em toda guerra, aqueles que a começaram e os que mais a incentivaram não apareceram lá para lutar. Em vez deles, pais de família e jovens apaixonados pela Associação Uruguaianense na esperança de presenciar a conquista do Campeonato Estadual de Futsal Série Bronze.
Jogar fora de casa nesses termos é ser recebido com rojão embaixo do ônibus e pedrada na janela. É ler ameaça de morte pela internet antes de sair. Dentro da quadra, melhor ser surdo ou não ter mãe. Sempre quatro ou nove ou trinta mal-encarados rosnando, as vezes a menos de um braço de distância. Chuva de cuspe.
É do jogo.
Dias antes anunciaram que não haveria policiamento no local. O ginásio não havia sido liberado pelos bombeiros e a Brigada não se responsabilizava. A presença de torcedores uruguaianenses então tornou-se uma questão de segurança. “Joguem a bola de vocês, guris. Se der problema a gente tá aqui”.
Rostos conhecidos, em bom número. Pergunte a um jogador, técnico ou massagista se isso faz alguma diferença.
Ao primeiro encontro com a torcida adversária, relaxamos. Em frente ao Ginásio Municipal de Parobé, os torcedores uniformizados locais eram em sua maioria garotos. Não seriam e não foram eles os protagonistas da selvageria mais tarde.
Cantos, bandeiras, rojões, corneta saudável, foto com criança, amizade no bar em diagonal. Uruguaiana paz e amor. Aparentemente, a missão ali seria apenas cantar o mais alto e bater palmas o mais forte que conseguíssemos, pelo maior tempo possível. Perdíamos em volume, mas a constância permitia nos ouvir a uma quadra e meia de distância quando eles cansavam.
Éramos pouco mais de sessenta, calculo, incluindo as gurias guerreiras cuja ousadia me lembrou os argentinos da Copa. Encararam nove horas de viagem sem ao menos ter ingresso garantido e boa parte delas foi impedida de entrar mesmo portando o ingresso. Ficaram ali fora, sentadas na escadaria. Os braços apoiados nos joelhos, frustradas. Expostas, porém firmes. Mais tarde eu veria uma mulher grávida tentando se proteger no meio de um cenário de guerra. Pensei nos homens que durante a semana me diziam “vamos lá, vamos cagar eles a pau”, e agora se preparavam para ouvir o jogo pelo rádio, assando uma carne a 701km dali.
Dentro do ginásio havia duas áreas destinadas à torcida uruguaianense. Numa ficaram basicamente homens. A outra, bem distante, era um cercado tipo camarote de balada onde ficou a maioria das mulheres, as que conseguiram entrar. Essa divisão foi ingrediente importante na receita que produziu o tumulto, embora eu não saiba dizer se foi espontânea ou premeditada.
A confusão se deflagrou quando elas comemoraram o 3x3 que nos daria o título a 10 segundos do fim e foram hostilizadas pela torcida local. Alguns uruguaianenses correram para acudir. Antes do meio do caminho, toparam com uma massa enfurecida que veio pra cima. Fechou o temporal na arquibancada.              
Batalha campal. Eles vinham em grandes ondas e era um mar agitado, vento contra. Os mais pacíficos ou assustados tentavam apaziguar, embora o terreno não fosse lá muito fértil para diplomacia por causa das mesas voando, punhos zunindo perto da cabeça e outros empecilhos.
Batia-se tanto quanto se apanhava, mas era preciso fazer as contas. Numa proporção de um nosso para três deles, mais os que ainda tentavam chegar para tirar uma casquinha, não seguraríamos muito tempo.
Quando já nos encurralavam, veio a fumaça amarelo esverdeado. Com olhos ardidos e gosto de soda na boca, os da linha de frente pensaram “será a polícia?”, mas não havia. Ali, os mais valentes eram a polícia. A manobra heróica de disparar jatos do extintor de incêndio, improviso de um homem astuto, dispersou os agressores tempo suficiente para descermos até a quadra.
Lá embaixo ainda estavam ambos os times, comissões técnicas e gente que também havia invadido. Quando parecia que ia acabar, o bicho pegava novamente. Brigas menores e mais espalhadas, correria e muita bateção de boca. Havia pontos de conflito e também zonas neutras, mas a boca do túnel virou Faixa de Gaza.
Alguns Parobeenses ajudavam, é verdade. Outros se ocupavam de dar uma surra num pobre diabo e a cena foi narrada ao vivo no rádio. “Trinta batendo em um”, mas Fabio Puget não sabia se o infeliz era de Uruguaiana. Quando as bofetadas são distribuídas generosamente, sem excluir o pessoal da imprensa, fica difícil saber qualquer coisa. Nossos telefones pipocaram com mensagens de amigos e parentes apavorados - não que desse para olhar o telefone naquela hora - mas este que apanhou bastante não era um dos nossos. O rapaz seria de Taquara, embora ninguém saiba explicar o que ele estaria fazendo lá. Apreciadores da pancadaria estão sempre atentos a oportunidades de praticar este esporte.
Com alguma sorte conseguimos todos nos entrincheirar no vestiário abafado. O cheiro acre de suor era desagradável, mas ninguém reclamou. Saímos de lá quando finalmente chegou meia dúzia de policiais para nos escoltar. Devem ter nos levado até o trevo. Não dá para saber com as cortinas fechadas e mochilas protegendo as janelas. Trazíamos poucos hematomas, alguns arranhões e a taça.
Na manhã de domingo fomos surpreendidos por centenas de Uruguaianenses esperando a delegação na entrada da cidade, caminhão dos bombeiros preparado para a carreata. Não há como dimensionar o significado dessa conquista para Uruguaiana. Muito menos descrever o sentimento que nos arrebata a cada jogo da Associação. Adultos choram e riem feito crianças, abraçam desconhecidos e cantam sem voz. Por algumas horas, a vida é uma epopeia e não algo que se resume em trabalhar, comer, dormir e trabalhar de novo. Se tu sabes do que estou falando, não preciso te explicar. Se não sabes, não consigo.
A semana é de festa, mas por detalhe não foi de tragédia. Agora estamos celebrando um título, mas poderíamos estar chorando uma morte. Longe do “Schmidtão”, onde a Brigada e a ROMU mantêm a civilidade, fico me perguntando: o que teria acontecido aos jogadores e comissão técnica de Uruguaiana, não fosse a presença dos poucos torcedores que lá estavam? Os faladores incitaram a violência e depois ficaram aqui, no conforto de suas casas. Eles sabem que touro em campo alheio é vaca. Eles sabem que desprotegida a delegação volta inteira, ou volta campeã. Jamais as duas coisas.
A federação omissa e delirante permite realizar um evento deste porte sem policiamento. Sugere um mínimo de quatro seguranças particulares contratados pela equipe da casa. Segundo a LIGA FUTSAL RS, oito braços e pernas são suficientes para conter outros trezentos braços e pernas que socam, chutam e arremessam mesas, capacetes, pedras, gavetas, garrafas e latões. Parece piada, mas está no regulamento. Artigo 9º, parágrafo 1º. O mesmo regulamento que estabelece no artigo 8º: as partidas só serão realizadas em ginásios que estiverem com todos os seus alvarás liberatórios em dia.
Minha vaidade quer acreditar que eu e os outros torcedores lá presentes ajudamos a trazer esta taça. Que arriscamos o pelo numa espécie de dever patriótico. Que Noninho e companhia se dispuseram a representar nossa cidade e nossa cultura sem sequer receber um salário e nós não poderíamos deixar de apoiá-los e defendê-los do perigo. A verdade é que somos um bando de inconsequentes.
Em Parobé nos gritaram “volta pra fronteira”. Voltamos campeões. Ou melhor, “a Associação voltou”.

Enem terá segunda aplicação

A segunda aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 será realizada em 418 locais de prova de 165 municípios. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao MEC responsável pelo exame, liberou na terça-feira, 22, a consulta on-line aos cartões de confirmação para os 277.624 mil inscritos, que vão fazer as provas nos dias 3 e 4 de dezembro próximo.
Desta vez, o exame será realizado em 23 unidades da Federação, conforme a tabela. Os estados com o maior número de locais de prova são Minas Gerais (83), Paraná (80), Bahia (63) e Espírito Santo (24).

Uruguaiana é sede do 8º Siepe

Por Franceli Couto Jorge

Na tarde de terça-feira, 22, realizou-se a cerimônia de abertura do 8º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe) da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). A atividade reuniu, no Salão de Atos do Campus Uruguaiana, discentes e servidores dos dez campi da Instituição. Para os três dias do evento, são esperados cerca de 2.400 participantes.
A coordenadora geral do 8° Siepe, Carina Fagundes Teixeira Brum, agradeceu às pessoas que acreditam na Instituição e aos acadêmicos que apostaram no evento, mesmo em um ano de dificuldades econômicas. “Um agradecimento especial às colegas que se envolveram nas comissões de alojamento, monitoria, cultural e científica, que estão conosco trabalhando incansavelmente, noite e dia, para que nós todos possamos receber vocês”, frisou.
Na sequência, o diretor do Campus Uruguaiana, professor João Cleber Theodoro de Andrade, falou sobre o nascimento do evento em Uruguaiana no ano de 2009. Após algumas edições, o evento passou a ser itinerante. “Que bom que este evento é itinerante, que não tem a cara de um único campus, pois ele não nasceu para ser de um único campus. Ele nasceu para ser da Universidade”, enfatizou. Andrade falou ainda sobre a diversidade do evento e disse: “Quero desejar a todos aqui presentes um ótimo 8º Siepe e que a gente tenha a oportunidade de tirar o melhor deste evento para nossa formação”.
O último pronunciamento foi o do reitor da Unipampa, professor Marco Antonio Fontoura Hansen, que falou das dificuldades econômico-financeiras pelas quais o país passa. “A Unipampa tem como missão o desenvolvimento regional e esse só se realiza se tivermos ações com pesquisas básicas e aplicadas, que irão gerar uma pesquisa de ponta, um ensino de qualidade, além de público, gratuito e inclusivo”, afirmou. Além disso, o reitor destacou a importância da luta por uma política educacional e falou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/55. “Cabe ressaltar que, no nosso caso, se essa PEC estivesse vigente desde o início das atividades da Unipampa, em 2006, teríamos uma perda de R$ 700 milhões, em dez anos”, revelou.
Para Hansen, “em nenhum momento podemos deixar de pensar nos alunos, pois eles são a razão da existência institucional”. O reitor também discutiu o papel da Instituição. “A Universidade deve desempenhar também o seu papel social através da divulgação e da aplicação do conhecimento científico”, disse.
Sobre o Siepe, falou da expectativa pelos trabalhos que serão apresentados nas mais diferentes áreas do conhecimento humano. “Evento como este expõe resultados parciais do somatório dos conhecimentos adquiridos ao longo de toda uma existência dos que nos antecederam. Cada evento é um avanço e cada vez melhor. Espero que o 8º Siepe supere todos os demais em termos de qualidade de ensino, pesquisa, extensão e inovação”, desejou Hansen.
Por fim, o reitor da Unipampa disse: “Agradeço em nome da reitoria a dedicação de todos(as) que participaram da organização. Aos palestrantes que estarão contribuindo com a troca de saberes, aos discentes, aos professores orientadores e aos participantes do evento”.
Participaram da cerimônia de abertura do evento os pró-reitores de Graduação, Ricardo Carpes; de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Alessandro Girardi; a pró-reitora de Extensão e Cultura, Nádia Bucco e o prefeito de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider.
O segundo dia do 8º Siepe
Com 1810 trabalhos inscritos, o 8º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe) da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) apresenta o resultado de diferentes pesquisas e experiências universitárias. No segundo dia de programação, o evento contou com diversas atividades.
Nos três turnos houve sessões orais e de pôsteres. Outra atração é o Planetário, que está montado no Laboratório 425, com sessões a cada 30 minutos. As visitações na quarta-feira, 23, encerram às 19h.
Ontem pela manhã, no Salão de Atos, ocorreram palestras. A professora da Unipampa, Diana Salomão de Freitas, abordou a temática “Os desafios da docência frente a(s) crise(s) socioambiental (is)”.
Á tarde foram realizadas apresentações artísticas, no Palco Central. Participaram do evento o Ballet Cristina Fernandez; Academia Fit Dance Lidi Silva; Dança de Salão Leandro e Kadine; Casa da Dança e invernada adulta Os Platinos do CTG Patrulha do Oeste.
Ainda foi realizada a palestra “Metodologias ativas aplicadas à Engenharia”, ministrada pelo pró-reitor de Pesquisa da Universidade Sociedade Educacional de Santa Catarina (Unisociesc), Marcelo Teixeira.
Após as intensas atividades do segundo dia do 8º Siepe, os participantes dirigiram-se à Programação Social do evento.

Propostas para a Segurança Pública otimizam recursos e incentivam permanência na ativa

Medidas para modernizar a gestão da Segurança Pública do Rio Grande do Sul fazem parte do pacote apresentado pelo governador José Ivo Sartori na última segunda-feira, 21/11. As propostas priorizam a atividade-fim e a melhor aproveitamento dos recursos financeiros, com o intuito de prestar serviços de forma mais qualificada à sociedade rio-grandense.
O enxugamento da máquina começou na própria estrutura administrativa do órgão central. A SSP possuía dez departamentos e 34 divisões. Atualmente, conta com cinco departamentos e 20 divisões. A reestruturação permitiu devolver à atividade-fim os servidores das estruturas extintas.
Mesmo ainda dependendo da regulamentação por decreto, as ações já foram efetuadas pela secretaria. “As corporações receberam 46 policiais civis e militares que até então trabalhavam na secretaria. Dispensamos, também, 17 servidores civis. Um total de 63 servidores a menos, sem afetar os trabalhos a serem desenvolvidos”, afirma o secretário Cezar Schirmer.
Parte das iniciativas apresentadas visa aumentar a permanência de policiais no serviço público, com menos estímulo à aposentadoria. Dessa forma, será possível garantir um maior efetivo policial nas ruas, reduzir custos e gerar mais racionalidade e equidade no serviço público. “Aquele Estado gastador e perdulário, de décadas atrás, não existe mais. Temos que melhorar a prestação de serviços e garantir segurança aos cidadãos e isso só será possível através de um processo de quebra de paradigmas, revisão de conceitos e implantação de mecanismos modernos de gestão”, enfatiza Schirmer.
Uma destas ações é a alteração do estatuto da Brigada Militar para fins de contagem de tempo de serviço. A atual legislação não impõe limites para a averbação de tempo público ou privado. Passarão a serem exigidos 25 anos de efetivo serviço público militar para preencher os 30 anos exigíveis para a reserva (aposentadoria). Assim, limita-se em no máximo cinco anos a possibilidade de averbação, aumentando o tempo de permanência na ativa.
Com relação às aposentadorias dos oficiais da Brigada Militar, é importante esclarecer que parte da questão foi resolvida com a instituição da carreira jurídica na corporação, em 1997. A partir de então, foi estabelecida a exigência de que todos os oficiais da corporação sejam bacharéis em Direito, o que aumentou em cerca de dez anos a idade média de ingresso e, por consequência, de aposentadoria destes servidores. “Hoje, a maioria dos oficiais já pertence a este regime”, assegura o capitão Roger Nardys Vasconcellos, coordenador jurídico da SSP.
Cedências de servidores
Para reduzir as cedências da Segurança Pública, o governo apresentou, em junho, a Lei 14.877, que regula cedências para todos os Poderes, órgãos, Estados e municípios. A lei limitou 25 servidores para o Poder Judiciário e Ministério Público; sete servidores civis ou militares, para atuar junto à Presidência da Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça do Estado e ao Gabinete do Procurador-Geral de Justiça do Estado. Esse é o máximo de efetivo que cada órgão poderá dispor e sua cedência, através de termo de convênio, será decidida individualmente pelo Governador do Estado.
Com a regulamentação via decreto ocorrerá, também, a institucionalização do critério de interesse da Segurança Pública para o Poder Executivo. Será possível a cedência apenas para a Casa Militar, SSP e instituições vinculadas, Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH) e instituições vinculadas, e Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Guarda externa dos presídios
A Constituição do Estado prevê que a guarda externa dos presídios (serviço de sentinela de guarita) seja realizada pela BM.  O governo propõe o fim das atribuições constitucionais da corporação, em adequação à Carta Magna federal, sem prejuízo da continuidade do serviço. Com a alteração, amplia-se a possibilidade de execução desse serviço e libera-se, gradativamente, a BM para o desempenho de suas funções prioritárias.
Indenização
Outra proposta de grande de grande interesse público é a de alteração da Lei 10.996/97, que busca maior valorização dos profissionais da Segurança Pública. Desde 2006, a indenização por invalidez permanente ou morte relacionada ao serviço é de R$ 25 mil. Com a alteração, passará ter como referência o valor três mil Unidades Padrão Fiscal (UPFs). Uma UPF vale, atualmente, em R$ 17,1441. Isso faz com que a indenização seja, hoje, de R$ 51.432,30. O benefício será estendido a todas as categorias, desde que o servidor estiver exercendo a atividade-fim.
As demais propostas apresentadas são: fim da promoção na reserva aos novos militares estaduais e aqueles sem estabilidade, adequando o estatuto da BM ao estatuto da Forças Armadas; fim da averbação em dobro da licença-prêmio, que será transformada em licença-capacitação de 3 meses, sem a possibilidade de acumular ou dobrar períodos; eliminação de três mecanismos de reserva compulsória, tornando a idade limite para oficiais 65 anos e para os praças, 60 anos; aumento da idade de reforma (oficiais até 70 anos, praças até 65 anos); e a alteração no regime de trabalho da Superintendência dos Serviços Penitenciários.
Todas as propostas apresentadas pelo governo estadual podem ser acessadas, na íntegra, pelo link http://www.novoestado.rs.gov.br/seguranca.
Com informações da SSP.

Homem é preso por porte e receptação



Gabriela Barcellos

Um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e receptação, na madrugada de terça-feira, 22/11. Darcy Rolim Neto, conhecido como ‘Ci’ foi abordado por policiais da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) por volta de 2h enquanto comprava cigarros em um empório localizado na Avenida Presidente Vargas. Ao revista-lo os policiais encontraram um revólver calibre 38, municiado com seis projeteis.
Ele foi encaminhado ao plantão da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Ao consultar o número de série da arma, os policiais contataram que a mesma é furtada. A delegada de plantão, Alessandra Siqueira o autuou em flagrante delito por porte de arma e receptação. Ele foi encaminhado à Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana (PMEU), onde passou a noite. Ontem, 23/11, porém, deixou a cadeia, depois de o Judiciário lhe conceder a liberdade provisória.
Outro homem, que estava junto com Ci também foi revistado, porém, com ele nada foi encontrado.

Dupla é presa por tráfico e porte de arma


Gabriela Barcellos

Duas pessoas foram presas em flagrante delito na manhã de ontem, 23/11, por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. As prisões foram efetuadas pela 1ª Delegacia de Polícia, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Foram presos Eduardo Bueno Roballo, 31 anos, com várias passagens pela polícia por roubo – por tráfico e porte de armas – e a companheira dele, Andryelli Rosa Rocha, de 23 anos – por tráfico. Ela tem uma passagem policial por tentar entrar na Penitenciária Modulada com um chip de celular.
De acordo com o delegado Enio Tassi, a equipe de investigação da 1ª DP chegou ao acusado durante as investigações em um inquérito policial que apura um roubo. Diante dos elementos levantados ao longo das diligencias, o mandado de busca e apreensão foi solicitado e, assim que concedido pelo Poder Judiciário, foi cumprido com apoio de policiais de outras delegacias do município.
Na casa de Roballo foram encontradas uma bucha de cocaína pesando 3 gramas, duas porções de crack pesando 8 gramas, papel alumínio, balança de precisão, um revólver calibre 44, municiado com cinco cartuchos e R$ 1.063,70 em dinheiro trocado, além de US$ 1.
Roubo
O inquérito policial que originou o mandado de busca investiga um roubo ocorrido na tarde do dia 22 de outubro, na esquina das ruas Flores da Cunha e João Manoel. A vítima, um cobrador, chegava ao local em uma motocicleta quando foi abordada por dois homens em uma motocicleta Fan preta. O carona então sacou uma arma e anunciou o assalto. Os bandidos fugiram com as fichas de cobrança da vítima e um telefone celular.

Regularização de agroindústrias esbarra em apoio municipal

Carolina Jardine
A regularização de centenas de pequenas agroindústrias no Rio Grande do Sul esbarra na falta de apoio por parte dos municípios gaúchos. Sem recursos, as administrações públicas locais têm dificuldade em oferecer estrutura básica de pessoal para implementação do Sistema Municipal de Inspeção (SIM), pré-requisito para que as empresas possam aderir ao Sisbi/Suasa. O impasse foi abordado na manhã de ontem, 23/11, durante encontro de lideranças municipais promovido pelo Sindilat no Avisulat, em Porto Alegre. A agroindústria precisa de resposta rápida e os municípios querem desenvolver esse setor. O problema é que não há condições para contratação dos veterinários que o sistema exige”, pontuou o coordenador para a Agricultura da Famurs, Mário Nascimento.
Uma das alternativas para amplificar atendimento às agroindústrias pelo SIM é a adoção de sistemas de consórcios públicos que permitam contratação de veterinários privados pela CLT para realizar as inspeções em diferentes municípios.  Nesse modelo, o veterinário público ficaria encarregado de fiscalização, com poder de polícia. Já a inspeção ficaria a cargo desses veterinários contratados por um conjunto de municípios. O modelo de consórcios é bem visto pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag). Segundo o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, que também participou do debate, as ações não avançam porque os municípios e o Estado têm pouca estrutura.  “Temos muitos desafios pela frente”, concluiu. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, ressaltou a importância de debates como este para lançar novas ideias e projetos de desburocratização da cadeia produtiva em linha com o projeto Agro+.
A autorização de equivalência entre as inspeções municipal, estadual e federal também deve ajudar a estimular a expansão das agroindústrias. O PL 334/2015, que delega a estados e município a incumbência pala inspeção de produtos de origem animal, está em tramitação em Brasília e já foi aprovado pela Comissão de Agricultura da Câmara.  A relevância dos diferentes tipos de inspeção foi tema da manifestação de Roberto Lucena, do Ministério da Agricultura, que também participou do debate.
A engenheira de alimentos e coordenadora do Programa Estadual de Agroindústria Familiar da Emater, Bruna Roldan, acrescentou que o importante na avaliação dos estabelecimentos é se estes garantem ou não a realização de processos e operações de fabricação seguros.  De acordo com ela, é preciso enfatizar a “analise de perigos” como foco da inspeção, ao invés de se tratar com tanto afinco as questões relacionadas meramente às instalações das empresas que, na verdade, não é o que, ao fim, garante a sanidade dos processos. E destacou a força da produção da agroindústria familiar. “Queremos manter a agricultura familiar e a agroindústria familiar como uma maneira de manter a cultura alimentar.  São alimentos carregados de tradição.”
Durante o painel, a fiscal da Secretaria da Agricultura, Karla Oliz, ainda falou sobre a Lei do Leite e a regulamentação que está em curso. “A gente sabe que ela necessitará ser aperfeiçoada e ainda podemos mudar alguns pontos. Meses de discussão é pouco”.

Três Coxilhas coloca em pista morfologia comprovada em exposições

Gabriela Barcellos

Neste sábado, 26/11, a Estância Três Coxilhas realiza remate na sede da propriedade, em Barra Velha (SC). Estarão em oferta 45 lotes de animais da raça Crioula. Em 2016, o criatório teve sua genética reconhecida com 12 exemplares na final da Expointer e ficou com o título de terceiro melhor animal da exposição com o macho Querendon do Recanto Crioulo.
Segundo o administrador da Três Coxilhas, Darlei Hess, a expectativa é de um remate bastante positivo. “Vamos disponibilizar animais comprovados, que foram passaportes para a Expointer, mães de passaportes, mães de finalistas do freio, irmãos de passaportes, além de ter sido um ano especial em resultados. O mercado está em ascensão. A qualidade do material ofertado é diferenciada”, afirma.
Para o leilão, Hess elege diversos destaques como as éguas como Geada do Recanto Crioulo, BT Pacaray, entre outras, além do garanhão Redentor do Recanto Crioulo. Uma das oportunidades será a venda vertical de escolha dos cavalos Passuelo do Recanto Crioulo ou Quebra Vento do Recanto Crioulo. O leilão integra a programação da credenciadora mista ao Freio de Ouro, exposição morfológica, Freio do Proprietário e Paleteada promovida pela Estância.

Software permite produtor gerar mapas da propriedade a baixo custo

Os benefícios do uso de tecnologias voltadas à agricultura de precisão são inquestionáveis, no entanto, o acesso e utilização destas técnicas ainda atingem um universo pequeno de produtores brasileiros. Conscientes desta carência e oportunidade de mercado, muitas indústrias passaram a focar suas pesquisas na disseminação desta prática agrícola, visando aumentar o nível de adoção das ferramentas que a compõem e proporcionam um maior conhecimento da área cultivada nas propriedades rurais.
A empresa Falker, que trabalha com equipamentos voltados à agricultura de precisão, acaba de lançar uma nova versão do seu FalkerMap, que vai permitir ao produtor gerar seus próprios mapas com simplicidade e a um custo baixo ou até mesmo de forma gratuita. “É um software para agricultura de precisão, desenvolvido com tecnologia nacional e que vai possibilitar ao produtor gerar mapas de sensores de alta densidade, imagens aéreas, relatórios personalizados e mapas de colheita, além de aliar as vantagens do trabalho on-line e off-line”, explica o diretor da Falker, Marcio Albuquerque.
Dependendo do tamanho de área que o produtor possuir, o novo FalkerMap traz vantagens econômicas, com custos que podem representar apenas 10% do valor de um software importado. Esta nova versão será gratuita para os agricultores que possuírem áreas de até 200 hectares e irá custar R$ 39,90 mensais para áreas de até mil hectares.
Com informações da Agroeffective.

Fiscais Agropecuários apresentam proposta de sistema único de inspeção

Debate promovido pelo Simvet/RS sobre PL 344/15 reuniu representantes dos médicos veterinários e municípios gaúchos

Nestor Tipa Júnior

O polêmico Projeto de Lei (PL) que trata da inspeção da fiscalização de produtos de origem animal foi tema de debate nesta segunda-feira, 21/11, em Porto Alegre. Em seminário promovido pelo Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) intitulado “Terceirização é a solução?”, médicos veterinários, representantes dos fiscais agropecuários das três esferas de governo e municípios debateram o PL 334/15, de autoria do deputado federal Marco Tebaldi (PSDB/SC), e sugeriram alternativas para a norma.
Uma das alternativas foi apresentada pelo representante do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Aleksander Dornelles, que informou que o projeto está parado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. A proposta sugerida pela entidade é a viabilização um sistema único de controle oficial de produtos de origem animal com a participação da União, dos Estados e dos municípios prevendo a cobrança de taxas pelos serviços prestados e cumprindo os requisitos legais vigentes do país. No entanto, a proposta como está, atualmente, não é aceita pela categoria. “Inclusive organizações dos consumidores estão nos procurando e se posicionando contra a privatização, pois se trata de saúde pública. No Brasil, com o setor público atuando já temos problemas, imagina terceirizando para a iniciativa privada?”, questionou.
Na mesma linha, a presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado do Rio Grande do Sul (Afagro/RS), Ângela Antunes, também lembrou a questão dos problemas trazidos para a saúde pública já que a tendência é que os médicos veterinários fiquem à mercê do interesse das empresas. Afirmou que as três esferas de inspeção determinadas pela legislação vigente não podem significar diferenças no trato da coisa pública, ainda mais quando isso se reflete em saúde da população. “Não se resolvem problemas financeiros de governo, entregando às empresas, a segurança dos alimentos fornecidos a toda uma população. Infelizmente, no Brasil, desvios como fraudes e abigeatos, são comuns. Estamos muito longe de ter condições de implantar um modelo de inspeção, onde não haja a participação presencial do Estado”, observou.
Por outro lado, o coordenador da Área de Agricultura da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Mário Nascimento, pontuou que os municípios são favoráveis ao PL 334/15 porque a falta de servidores no quadro de inspeção vem afetando especialmente as pequenas agroindústrias. Uma das saídas, de acordo com o dirigente é a criação de consórcios de municípios para a contratação por regime de CLT dos médicos veterinários. “As indústrias querem crescer e buscam alternativas. Somos favoráveis ao projeto de lei, mas estamos dispostos a debater novas proposições”, argumentou.
Conforme o vice-presidente do Simvet/RS, Ricardo Capelli, esta discussão e a ideia do seminário foi feita a partir da provocação dos médicos veterinários favoráveis e contrários, que se manifestaram sobre o tema a partir da primeira intervenção do sindicato sobre o assunto. “Lançamos nosso primeiro posicionamento e vimos que o tema gerou muita controvérsia, por isso decidimos ouvir as esferas municipais, estaduais e federais para verificar qual o norte que está se dando para este tema e buscar soluções para preservar a saúde pública e a categoria dos profissionais”, reforçou.
O seminário “Terceirização é a Solução”, promovido pelo Simvet/RS, teve o apoio do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge/RS), local do evento, além da Federação Nacional dos Médicos Veterinários (Fenamev) e do Conselho Nacional dos Profissionais Liberais (CNPL).

13º do INSS começa a ser pago hoje

Daiany Mossi

Os aposentados, pensionistas e segurados do INSS começam hoje a receber a segunda parcela do décimo terceiro salário. O abono de Natal será pago junto com o benefício do mês de novembro a partir da próxima quinta-feira. Mas o que fazer com o dinheiro extra? Especialistas orientam a planejar os gastos, principalmente por conta das festas de fim de ano, para que as comemorações não se transformem numa tremenda dor de cabeça. Outra dica é fazer uma poupança para começar 2017 no azul ou pagar dívidas para aliviar despesas de início de ano.
Os valores que serão pagos a aposentados, pensionistas e segurados a partir de quinta-feira estão disponíveis para consulta no site www.previdencia.gov.br. Para acessar o contracheque, ao entrar na página, o segurado deve clicar no ícone
‘Extrato de pagamento de benefício’, à esquerda, no canto superior da página. Logo depois abrirá nova aba, onde é preciso que sejam preenchidos os campos com número do benefício, data de nascimento, nome do beneficiário e CPF.
Depois de feito isso, o segurado deve digitar o código de segurança gerado no fim da página. Somente após escrever o número gerado, poderá imprimir ou salvar o contracheque.

Automutilação entre crianças e adolescentes é realidade em Uruguaiana

Daiany Mossi

O assunto abordado pelo programa O Fantástico da Rede Globo do último domingo – automutilação entre crianças e jovens, parece está longe da nossa realidade, porém o perigo mora ao lado, ou talvez no quarto de sua casa.
Dados apresentados pelo programa mostram que 20% dos jovens brasileiros se mutilam, sendo que o problema já os afeta mais do que as drogas, e que o bullying nas escolas é um dos principais causadores desse problema.
Ao abordar o tema entre os pais de crianças com idade entre 11 e 13 anos, o Jornal CIDADE constatou a existência de casos em Uruguaiana. As “vítimas” são crianças que não aparentam distúrbios emocionais e que convivem normalmente com amigos e familiares, porém com base nos atos praticados precisam de ajuda e tentam suprir alguma carência emocional com os atos praticados.  
A última classificação internacional de doenças mentais da Organização Mundial de Saúde define automutilação como autolesão não suicida. Ou seja, o objetivo dos adolescentes não é se matar. Mas a doença pode estar associada a outros distúrbios psíquicos de fundo depressivo quando, aí sim, pode haver risco de vida.
O Brasil não tem estatísticas oficiais, mas todos os estudos internacionais chegam ao mesmo número e indicam que 20% dos jovens sofrem desse mal. Vale destacar que o Sistema Único de Saúde brasileiro está despreparado para atender esse tipo de caso e que o papel da escola na orientação a essas crianças é fundamental.
Em conversas nas redes sociais e em suas escolas, as crianças que enfrentam o problema em Uruguaiana argumentam que “ninguém pode ser tão feliz e por isso eles precisam sofrer algum tipo de dor”.
A amizade também seria um fato motivador. Eles atribuem os cortes feitos com facas e lâminas a um pacto de amizade. Para esconder os machucados da família, eles usam pulseiras e faixas.
Os casos foram repassados às escolas para acompanhamento dos setores pedagógicos.

Geovane Cravo desmente Schneider

Daiany Mossi

A semana iniciou com embate entre o prefeito de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider e o administrador da Santa Casa de Caridade, Geovane Cravo, através de notas e contranotas publicadas no Facebook.
Schneider
Schneider, que na condição de prefeito foi cobrado pelos funcionários da Santa Casa de Caridade através de protesto realizado na semana passada, declarou que a dívida do município com o hospital é consideravelmente inferior a conta apresentada pelo hospital.
“A dívida atual da Prefeitura com a Santa Casa de Caridade é de R$ 183.471,14. Este valor foi apurado em reunião com integrantes da Secretaria Municipal de Fazenda, da Secretaria Municipal de Saúde e o contador do próprio Hospital Santa Casa de Caridade. Na ocasião foi apurado o valor de R$ 275.333,00. No entanto, a Prefeitura de Uruguaiana pagou em duplicidade em 20/01 e 01/02 (PABA), referente a dezembro de 2015, o valor de R$ 91.861,86. Sendo assim, a dívida hoje da Prefeitura de Uruguaiana com o Hospital Santa Casa de Caridade é de R$ 183.471,14”, salientou.
“Mesmo não estando a frente da administração, o Município nunca virou as costas para a Santa Casa, ajudando sempre que possível. Exemplo disso foi na venda do Piano importando e a doação de uma parte da floresta pública para o Hospital comercializar e gerar recurso com a venda da madeira desta área. Estaremos sempre a disposição da nossa Santa Casa”, disse o prefeito.

Cravo
Ao tomar conhecimento da nota, Geovane Cravo rebateu as declarações do prefeito. “Em primeiro lugar, no dia 11.11.2016, a Santa Casa informou ao senhor Prefeito Municipal, pessoalmente, através de seu Provedor, que o valor devido incluído os valores com vencimento no mês de novembro, era de aproximadamente R$ 1.100.000,00. Na verdade, o valor correto era de R$ 1.190.338,99, sendo R$ 1.015.332,99 do Pronto Socorro referentes a dívidas dos meses de agosto, setembro, outubro e novembro. Ainda estão em aberto os valores da Clínica Renal e Banco de Sangue – R$ 175.006,00, cada”, informou.
Ainda segundo Cravo, “naquele momento, o Prefeito assumiu o compromisso de pagar R$ 400.000,00, o que somente ocorreu depois da manifestação dos funcionários, realizada no dia 16.11.2016, na frente da Prefeitura, mediante depósito, naquele mesmo dia, de R$ 250.000,00 e mais R$ 150.000,00, somente ontem, no dia 21.11.2016.
Portanto, a PMU deve ao Hospital Santa Casa o valor de R$ 790.338,99, já considerados os valores vencidos em novembro. Quanto ao valor de R$ 91.861,86, que Schneider alega deva ser abatido, referente a uma conta de dezembro, do Pronto Socorro, a Santa Casa não concorda exatamente porque essa matéria já foi objeto de consolidação das contas, conforme ATA N. 01-2016, datada de 24.02.2016, onde se chegou a um valor incontroverso, de R$ 590.899,70. Portanto, não se constata a diferença agora apontada e tardia pela PMU de R$ 91.861,86”, destacou Cravo que atribui à Prefeitura a responsabilidade pela crise financeira enfrentada pelo hospital, e também pela dívida monstruosa existente.

Má gestão
Ao avaliar a situação da Santa Casa de Caridade, da qual já foi gestor, o prefeito Luiz Augusto Schneider atribuiu a crise à atual administração. “Quando eu estava à frente do hospital, a folha de pagamento continha menos de 400 funcionários. Hoje, são 740. Apesar das contratações estarem ligadas aos novos serviços, e o Estado não repassar os recursos que lhe competem em dia, comprometendo outros setores, a dívida exorbitante é resultado da má administração”, disse Schneider.
Na semana passada Cravo apresentou aos Vereadores um relatório das dívidas  que, segundo o qual remontam a R$ 40 milhões, e não R$ 5 milhões como sustenta o Prefeito.
Segundo Cravo, as novas contratações (240?) foram para atender os novos  leitos da UTI e UTI NEO Natal, a criação da Cardiologia e implantação da Clínica Renal.

Pacote de Sartori começa a tramitar

Gabriela Barcellos

Começou a tramitar oficialmente na Assembleia Legislativa o pacote de medidas do governador José Ivo Sartori (PMDB) para conter a crise financeira no Estado, anunciado na segunda-feira, 21/11. O vice-governador do Rio Grande do Sul, José Paulo Cairoli, entregou o pacote de medidas ao presidente em exercício da AL, depois de entrar no Palácio Farroupilha pela ‘porta dos fundos’, em razão das manifestações.
Em entrevista coletiva, o vice-governador explicou que a maior parte das propostas deve ser votada em regime de urgência: seis Propostas de Emenda à Constituição (PEC) e outros 17 projetos de lei. Ao todo, o documento tem quase 40 medidas. “Nós não temos plano B. Todos os projetos que estamos encaminhando é para serem aprovados, é o que vamos estar defendendo”, disse Cairoli. “Nosso governo está 100% dedicado à Assembleia Legislativa”, completou.
Entre as medidas, estão a extinção de 11 órgãos ligados ao Executivo – nove fundações, uma companhia e uma autarquia – e a redução no número de secretarias. Com isso, deverá haver demissão em massa no governo.
Deputados de partidos que integram a base aliada são maioria na Assembleia. No entanto, nem todas as bancadas definiram se apoiarão ou não o pacote de medidas.

PL de concessão de área será reexaminado pelo Plenário

Gabriela Barcellos

Com objetivo de dar sequência a tramitação do projeto de lei 107/2016, de autoria do Poder Executivo, que busca autorização do Parlamento para conceder direito real de uso de área à Associação de Eventos da Fronteira Oeste (Aefro), a Comissão de Serviços Municipais, Saúde, Educação, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Mercosul se reuniu ontem, 23/11, para analisar a matéria, com a presença do procurador-geral do município, Mateus Henrique de Carvalho, e de um representante da Associação, Vagner Domingues Garcia. Os trabalhos foram coordenados pelo presidente da Comissão, vereador Marcelo Lemos (PDT) e estiveram presentes os vereadores Jussara Osório (Rede) Carlos Eduardo Espíndola Alves (PMDB), Rafael Alves (PMDB) e Irani Fernandes (PP).
A matéria recebeu parecer desfavorável da Comissão de Justiça e Redação – apresentado na sessão ordinária de terça-feira. Entretanto, pelo mérito do projeto, os vereadores decidiram por sobrestar a reunião para tramitação pela Comissão de Serviços Municipais, que complementou as informações necessárias para sua reavaliação. O projeto será votado na continuação da sessão ordinária, que acontece hoje a partir das 9h30min, em João Arregui.
O PL prevê a concessão de área nas imediações do Aeroporto Rubem Berta, para realização de eventos esportivos, com objetivo de incrementar o turismo e os esportes num setor importante para economia local, que reconhecidamente são eventos de grande apelo popular.

Vereadores vão a João Arregui hoje

Gabriela Barcellos

A sessão ordinária de hoje, 24/11, acontecerá no interior do município. A partir das 9h30min os vereadores estarão reunidos na escola municipal de ensino fundamental Alceu Wamosy, na localidade de João Arregui.
A ação atende a uma determinação do Regimento Interno, de que a casa legislativa deve realiza ao longo do ano algumas sessões ordinárias do interior do município. A medida tem como objetivo aproximar o Parlamento da comunidade, especialmente a do interior, que muitas vezes não possui condições de acompanhar as ações do Poder Legislativo, além de ouvir as demandas de cada uma das comunidades da zona rural e conferir de perto suas necessidades.
Na sessão, a Ordem do Dia é respeitada e cada um dos itens da pauta é apreciado da forma tradicional. No entanto, é cedido espaço aos moradores da localidade para que estes apresentem demandas ou sugestões ou tirem dúvidas.

Câmara homenageia 50 anos do MTG


 Gabriela Barcellos

Na noite de terça-feira, 22/11, a Câmara de Vereadores realizou uma sessão especial para homenagear os 50 anos do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). A sessão foi proposta pelo vereador Irani Fernandes (PP) e realizada na Casa da 4ª Região Tradicionalista, localizada na Praça Farroupilha. Além do vereador proponente, estiveram presentes o presidente do Legislativo, vereador Adalberto Silva (PP) e o vereador e prefeito eleito Ronnie Mello (PP), além do prefeito Luiz Augusto Schneider (PSDB).
Logo no início da sessão, Irani fez uso da palavra e explanou sobre a história do Movimento Tradicionalista. “É um exército que acredita e se dedica aos mesmos afazeres culturais. O Movimento é um orgulho para o Rio Grande do Sul, pelo histórico de preservação de valores e por ser uma instituição cultural que se mantém inabalável por tantos anos”, disse. Atualmente, o Movimento – que reúne centros de tradições gaúchas (CTGs) e entidades tradicionalistas – representa cerca de um milhão de associados.
Logo após, foram entregues homenagens a pessoas que ao longo dos anos contribuíram – e ainda contribuem – com o MTG. Antônio Gonçalves, Eliane Rezes e Ivoné Emílio Colpo foram os homenageados.
Uma placa para marcar a passagem da data também foi entregue, pela coordenadora da 4ª Região Tradicionalista, Ilva Maria Goulart, ao presidente do MTG, Nairo Callegaro. “Nesse ano de crise financeira e de valores, encontramos no MTG uma entidade firme na bandeira de preservação da nossa identidade e cultura”, considerou Callegaro.
Durante a solenidade, Adalberto Silva recebeu, em nome da Câmara de Vereadores, o troféu “Cinquentenário do MTG” pelo presidente do Movimento. “Essa condecoração carrega o sentimento gaúcho e aponta para o futuro registrando o nosso pensamento voltado para as próximas gerações, concluiu Callegaro.

Painel Ed.2687

Parabéns I

O Marcus Vinícius Lemos comemorou seus 13 anos nesta terça-feira, 21/11. Parabéns rapazinho, que tu continues um guri gente boa pra caramba e que conquistes teus objetivos!!

Parabéns II

Outro mimoso que apagou as velinhas na terça-feira, foi o João Arthur, ao lado da mamãe Marina Rodrigues. Parabéns pequeno!

Parabéns III

A diretora de Turismo da secretaria de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho, Maria Adelaide Freitas, carinhosamente conhecida por ‘Coca’ completa mais um ano de vida hoje, 24/11. Parabéns moça!

IPTU Premiado



Na tarde de terça-feira, 22/11, foram entregues os prêmios referentes ao primeiro sorteio da promoção IPTU Premiado. Alcívio Soares de Moraes, morador da Rua Marechal Setembrino de Carvalho, bairro Cidade Alegria, ganhou o televisor Philco; José Raul Silveira da Silva, morador da Cohab 2 Emílio Brandi levou o notebook; e Edineia Guth, residente na Rua Marechal Deodoro foi contemplada com o aparelho celular Positivo.

Desmonte?
Desmonte do Estado é o temo que está na boca do funcionalismo público. Mas que Estado tem para ser desmontado, que não oferece Saúde, Educação, Segurança. Aliás, é um Estado onde a impunidade campeia solta porque sequer Justiça ele oferece à sociedade.

Canalhice
Beira a canalhice as manifestações ante a questão, descabida inclusive, proposta durante o programa Encontro com Fátima Bernardes, na TV Globo. Descabida sim, porque na situação proposta não cabia escolha.

Perigo I
Incitar à violência de uma polícia que tem histórico recente de barbárie é, no mínimo, irresponsabilidade. Quando isso parte de um oficial, o sinal para os praças é que não há limites. Quem está em perigo não é o bandido, é a sociedade.

Perigo II
Aliás, os oficiais da polícia militar deveriam se preocupar com o comando, até porque, há poucos anos um soldado brigadiano, reformado por incapacidade física, ordenou a vinda até do cachorro do palácio Piratini pra comandar o batalhão de Uruguaiana. Esse comandava, e ainda comanda.

Herói
“Super-herói é o Batman”. Magrão Solon, em resposta aos modestos servidores públicos que desempenham funções de polícia e “se acham”.

A propósito
Você sabe a diferença entre Deus e um médico? É que Deus sabe que não é médico.

Caminhoneiros I
O deputado federal Carlos Gomes (PRB) se reuniu ontem, 23/11, com o chefe de gabinete do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Lyrio, para solicitar intervenção em favor dos caminhoneiros brasileiros, que podem ser prejudicados, caso se confirme a expectativa de nova greve por reajuste salarial dos aduaneiros chilenos, em Los Andes. Lyrio comprometeu-se em acionar imediatamente a embaixada brasileira no Chile para garantir a segurança dos trabalhadores brasileiros.

Caminhoneiros II
A manifestação anterior, encerrada na última quinta-feira, 17/11, inviabilizou o transporte de produtos, afetando principalmente os caminhões frigoríficos, o que, em muitas situações, resultou na perda total dos carregamentos.

Caminhoneiros III
Carlos cobrou do Itamaraty um pedido ao governo chileno de reforço na segurança do local e de ajuda humanitária para os trabalhadores, já que caminhões foram saqueados, e os motoristas agredidos. Além de sofrer com a escassez de água e comida, eles precisaram permanecer acordados por várias noites seguidas para evitar assaltos.