Sede de Poder
Enquanto dá uma “chuleada” na eleição de Passo Fundo, para ver se o candidato tucano ganha as eleições e assume a Prefeitura, abrindo uma vaga para sua mulher, Elisabete, Felice vai empalmando as eleições municipais locais, sem concorrer, preparando uma eventual eleição para Deputado Estadual, às vésperas dos 80 anos. Daí, sua presença nas fotos da campanha do candidato Schneider, sua presença maciça nos programas eleitorais, a menção de seu nome na música de campanha e a pressão para que os candidatos a vereador ajudem “prá continuar”.
Pesquisa
Uma das duas coligações com caixa cheio, a do candidato oficial é a única a contratar uma pesquisa com registro na Justiça Eleitoral. O “cavalo do Comissário”, claro, está bem na frente. Ainda que, aparentemente, se trate de empresa idônea, outros candidatos estão desconfiados dos dados tão favoráveis ao candidato oficial. Devem requerer o exame dos parâmetros da pesquisa que devem ficar arquivados à disposição de quem o desejar.
Saúde
Enquanto isto, o homem comum, que não tem poder e tem medo de quem o tem, continua a esperar dias pelos remédios de cessão gratuita obrigatória; também continua a esperar pelo atendimento médico, na rede oficial; e não é diferente para procedimentos mais qualificados. Pelo contrário, é pior. É a falência da saúde.
Debates
É muito provável que os próximos debates não contem com todos os candidatos. Depois do desempenho de dois candidatos (a do PT e o da coligação dirigida pelo PSDB), é muito provável que sejam aconselhados a não mais participar dos próximos. Já existem dois sendo “costurados” por diferentes entidades: o SIMURS, sindicato dos funcionários municipais, e a Delegacia local do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do RGS.
Comportamento
No início da campanha eleitoral, todos os candidatos apareceram bonzinhos, pedindo que os demais não “baixassem o nível” da campanha eleitoral. Bastou uma melhoradinha na campanha de alguns, para que o prefeito Felice começasse a despejar diatribes da sua metralhadora retórica contra outros candidatos. Além de se exceder, pelos termos pouco edificantes, pulou a cerca das questões eleitorais presentes, para misturar o deputado Frederico Antunes, seu provável futuro opositor, na questão das fraudes do DETRAN.
Comportamento 2
O candidato da coligação comandada pelo PMDB, Kiko Barbará, também tem mantido uma imagem bem comportada nos programas radiofônicos e de TV, no horário eleitoral gratuito. Diante das recentes trocas de “tiros” entre outros candidatos, ele está sendo pressionado para, mesmo sem perder o equilíbrio, atacar mais alguns aspectos da atual administração. Entre eles, a péssima situação da saúde em Uruguaiana, o descalabro a que foram reduzidas as ruas de Uruguaiana e o endividamento do município. Segundo alguns assessores peemedebistas, quando Felice assumiu, fez um jornal mostrando algumas dívidas do Município, que Caio estava deixando. Agora, a dívida é estratosférica. Só em passivos trabalhistas e desapropriações mal conduzidas, o município deve milhões e milhões de reais.
Tarda mas não falha
A revista Veja, que foi uma das principais causadoras do “impeachment” de Fernando Collor, agora quer responsabilizar Lula, mesmo depois de findo o seu mandato, pelas escabrosas manobras do e crimes do mensalão. Nesta semana, a revista semanal publica uma reportagem sobre Marcos Valério, um dos cabeças da tramoia, na qual, segundo ele, o papel de Lula foi preponderante. Bem, pouca gente acreditou que, circulando por várias salas do Palácio do Planalto, algumas próximas demais do gabinete presidencial, os agentes do “Mensalão” e suas obras fossem desconhecidos do então Presidente.
Apostas
Schneider paga 30; Kiko; 40, Mauro Brum, 50; Lourival, 70; e Maria de Lourdes, 85. As grandes apostas mesmo correm para o lado dos candidatos a Vereador e das bancadas partidárias. PP deve fazer 3; PSDB, 3 ou 4; PMDB, 2 ou 3. Como são só 11 cadeiras, o PT e a coligação comandada pelo PDT, podem fazer 1, cada um. Vereadores mais votados ? Só depois de abertas as urnas.
Baixada
Comerciantes da Baixada não estão gostando nada da aprovação da lei que cria, em algumas Zonas de Fronteira, os chamados “free shops”. Se a medida se concretiza, dizem eles, o comércio da Baixada se termina e muitas pessoas deixam de ter uma ocupação rentável, ainda que com a pecha de “informal”. É uma questão difícil, que deve ser muito pensada. Candidatos das coligações comandadas pelo PMDB e pelo PDT parecem estar contra.
Mensalão
Teve início ontem, 17, a sessão do Supremo Tribunal Federal que começa a julgar os réus do núcleo político da ação penal do mensalão. Não há qualquer estimativa sobre o número de sessões necessárias para a discussão e votação das acusações contra 22 denunciados, dentre os quais se destacam o ex-ministro José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério e seus sócios, por corrupção ativa; e, por corrupção passiva, os parlamentares de partidos da então base aliada do Governo Lula, como os atuais deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP, ex-PL) e Pedro Henry (PP-MT), além dos ex-parlamentares Roberto Jefferson (PTB-RJ), Pedro Corrêa (PP-PE), Romeu Queiroz (PTB-MG) e José Borba (PMDB-PR).
Acusação
Na sustentação oral, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, refutou a tese da defesa desses réus de que o crime de corrupção só pode ser provado se existir “ato de ofício” do agente público praticado em razão da vantagem recebida pelo corrompido. “O que exige a lei é a existência de um nexo de causalidade entre a vantagem indevida e um ato, ainda que em perspectiva, que pudesse ser praticado pelo corrompido”, enfatizou o chefe do Ministério Público Federal.