terça-feira, 28 de agosto de 2012

Painel

Horário político 
Começou na última terça-feira (21) a propaganda eleitoral no rádio e na televisão para as eleições municipais deste ano. Os programas serão veiculados obrigatoriamente em todas as cidades com mais de 200 mil habitantes que possuírem emissoras. O horário eleitoral vai até o dia 4 de outubro (na quinta). A propaganda dos candidatos a prefeito e vice será veiculada às segundas, quartas e sextas das 7h às 7h30 e das 12h às 12h30 no rádio; e das 13h às 13h30 e das 20h30 às 21h na televisão. Já a propaganda de quem concorre a vereador vai ocorrer às terças, quintas e sábados, nos mesmos horários, segundo o fuso de Brasília. Além das duas inserções de meia hora, partidos e coligações terão direito também a comerciais curtos ao longo da programação diária dos veículos, sem horário fixo.

Regras
Pela lei, são proibidas propagandas que degradem ou ridicularizem candidatos. A peça também não pode usar "meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais". Cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre esses casos, quando provocada por meio de representações e reclamações. As sanções variam, e vão desde a perda do direito de veicular propaganda a multas de valores variados. A propaganda eleitoral deve sempre mencionar o partido e será feita na língua portuguesa. Na propaganda para prefeito, a coligação deve informar as siglas de todos os partidos que a compõem. O nome do candidato a vice também deve aparecer, de modo claro e legível, em tamanho não inferior a 10% do nome do titular. Na propaganda para vereador, cada partido deve usar apenas a sua sigla sob o nome da coligação.

Uruguaiana
Por aqui, as regras parecem não surtir muito efeito na fiscalização. Tem inúmeras propagandas afixadas até mesmo em diretórios, sem o n.º de CPF do candidato, mas os cartazes continuam sendo usados. Além disso, propagandas colocadas sobre bens pertencentes ao patrimônio público, vedado a sua utilização, continua sendo usado por vários candidatos para que não “caiam” com o vento. Mas é proibido...

Som
A legislação eleitoral proíbe som alto perto de repartições públicas, hospitais e escolas, entre outras. Contudo, tem partidos e políticos que, por falta de fiscalização, estão se lixando para a ordem. Perto de escolas, passam com o volume de seus carros de som, lá em cima, atrapalhando aulas. Quem quiser conferir, é só ir até as imediações do Colégio do Horto.

A Grande Familia
Ninguém entendeu, até agora, a participação, na propaganda veiculada em cartazes, “banners” e “santinhos” pelo PSDB, do Prefeito e da Primeira Dama do município, que cumula as funções com as relativas à Secretaria de Assistência Social. Nem, também, a participação solitária do Prefeito no primeiro programa de TV do PSDB, no horário gratuito.

“Eu sou o Deus que caminha sobre a face deste planeta”. A frase é de Gene Sommons, delirante baixista da banda Kiss, falando como ele se sente no palco aos 62 anos. Aos incautos poderia soar como proferida por alguém aqui dos pagos.

Marte
Provável influência dos primeiros contatos com o planeta Marte, apareceu gente na televisão, dizendo que Uruguaiana não estava enfrentando problema de desemprego. Puxa vida! A população da cidade está diminuindo e nem as pessoas que tinham obrigação de saber o motivo, parecem desconhecê-lo.

Saúde
Pelo menos dois dos candidatos de oposição à Prefeitura da cidade vão bater forte na situação da saúde em Uruguaiana. Mesmo com a montagem de uma estrutura física considerável para algumas situações, os oposicionistas entendem que faltou tino administrativo, despreendimento e magnanimidade para o Prefeito que, por uma briga com os médicos, deixou inativas algumas unidades fazendo com que a população tenha de sair de Uruguaiana para fazer tratamento ou realizar alguns tipos de procedimento. A homenagem que os vereadores aprovaram, por unanimidade, ao médico Fábio Motta, já seria fruto desse entendimento.

Largada
Saem forte, pelo menos no visual e na quantidade de propaganda disponível, as campanhas das coligações que abraçam as candidaturas de Schneider e Mauro Brum, respectivamente. Enquanto os oposicionistas do PMDB acreditam no forte apelo popular de Kiko Barbará, que teve expressiva votação nas últimas eleições, os do PDT, de Lourival e do PT, de Maria de Lourdes, confiam no trabalho das respectivas militâncias, de grande tradição em nosso Estado.

Mensalão
Guidoneada pelos ecos do “Mensalão”, a editoria do CIDADE inicia campanha pelo voto bem dado, nesta edição. No rastro de diferentes campanhas veiculadas na mídia pelo próprio TSE, OAB nacional e outros meios de comunicação, nosso jornal prega um voto contra a desonestidade, a corrupção e a prepotência. Um voto a favor de Uruguaiana, um voto bem dado, um voto limpo.


Possibilidades
Vai ser uma das eleições mais duras, mais difíceis para a Câmara de Vereadores, em todos os tempos. Dos atuais vereadores, oito (todos homens) concorrem à reeleição, com boas campanhas e boas chances de vitória, já que Kiko Barbará e Mauro Brum são candidatos a Prefeito e a única mulher em exercício na vereança, Neraí Kauffmann, concorre à Vice-Prefeita. Por fora, muitos candidatos novos, com bom trabalho e presença nas bolsas de apostas.

Mudanças
Da cúpula que ressuscitou o atual Prefeito em 2000 (tinha feito menos de 3 mil votos para deputado em 1998), Sanchotene Felice, não tem mais ninguém no comando da candidatura oficial. Ou Schneider já tem uma ingerência maior do que se imagina na campanha, ou o desgaste do poder afastou a antiga companheirada.

IGP ludibria os Uruguaianenses e também desvia nossa contribuição “voluntária” para o Consepro de Cachoeira do Sul

Isso é caso de polícia
Todo aquele que já foi obrigado a pagar a contribuição voluntária “cobrada” pelo Posto de Identificação do Instituto Geral de Perícias, certamente já se perguntou onde este dinheiro vai parar.
Segundo Luana de Souza, responsável pelo Posto, nem todos os cidadãos seguem a orientação, pois a “taxa” é espontânea, no entanto, todas as pessoas que contatamos e que já tiveram a necessidade de utilizar os serviços PÚBLICOS prestados pelo IGP contestam e dizem que pagaram o valor, pois jamais foram orientadas quanto a voluntariedade do pagamento.
Pois bem, 20 carteiras são emitidas pelo setor de segunda a sexta-feira, totalizando em média 400 emissões mensais.
O destino do dinheiro é curioso e levanta dúvidas quanto a sua legalidade. De acordo com Luana, a taxa é paga via boleto, com código de barra e caí na conta do Conselho de Segurança (Consepro) de Cachoeira do Sul. É a intuição, segundo ela, que investe este valor em melhorias no prédio onde funciona o Posto de Identificação, que pertence à Polícia Civil, e que paga os salários dos estagiários. Os jovens aprendizes que trabalham no setor são contratados pelo Governo do Estado, no entanto segundo Luana, o Governo não os paga e então cabe ao Consepro, com o dinheiro das “taxinhas voluntárias”, pagá-los. A captação dos recursos pelo Consepro é autorizada pelo Governo do Estado e em outras cidades, o procedimento é o mesmo, porém, o Consepro a ser beneficiado, por certo, é o da cidade que deve aplicar os recursos em segurança pública. Os estagiários do PI, segundo informações do Governo do RS são pagos pelo próprio Governo, e jamais foram remunerados por qualquer Consepro.
Luis Alberto Silva, presidente do Consepro de Cachoeira do Sul, confirmou as informações repassadas por Luana e disse que Conselho daquela cidade é que recebe os valores oriundos da boa vontade dos uruguaianenses, sendo os recursos destinados ao pagamento dos estagiários que trabalham no Porto de Identificação local, bem como às reformas e a manutenção do prédio pertencente ao Governo do Estado, e informou que o Posto possui dois estagiários e que cada um deles recebe a importância de R$ 600, valor este repassado aos jovens através do CIEE. Luis disse não saber da existência do Consepro em Uruguaiana.
Procurado, o presidente do Consepro de Uruguaiana, Clarindo Barbosa, disse nada saber dessas doações ao Consepro de Cachoeira do Sul e garantiu que irá à Justiça exigir a prestação de contas e a devolução do dinheiro dos uruguaianenses. “As pessoas estão sendo enganadas. Pagam por acreditar que o dinheiro será revertido ao setor de segurança pública, no entanto, os valores estão sendo administrados pelo Consepro de Cachoeira do Sul que nem mesmo conhece os problemas enfrentados no setor em Uruguaiana”.

Mãe volta à cena do crime e faz revelações sobre o assassinato da filha e os demônios de Moisés

17 dias após o assassinato da filha, dona Vera Lúcia voltou a casa onde Kelly foi assassinada brutalmente pelo companheiro Moisés Gustavo da Costa Moreira, o Zé Gotinha. O Jornal CIDADE acompanhou dona Vera e conta agora detalhes da volta da mãe à cena do crime.

Quinta-feira, 23 de agosto, 15h. Dona Vera Lúcia Correia voltou à casa de sua filha Kelly Cristina, acompanhada de uma amiga. Foi a primeira vez que ela esteve na cena do crime após os fatos. Ao lado da porta, pelo lado de fora da casa, cobertores ainda sujos de sangue antecipavam a dramaticidade que encontraríamos lá dentro. Dona Vera reluta ao abrir a porta e esboça um misto de nervosismo e dor. Ao entrarmos na casa, fomos logo ao quarto das crianças. A maioria dos móveis já havia sido retirada pelos irmãos da vítima que aconselharam dona Lúcia a se desfazer o quanto antes da casa e dos objetos que lembrem a tragédia.

Duas camas de solteiro, colchões velhos e um vestido de boneca – isso foi tudo o que restou a Eduarda, Kerolin e Leandra, filhas de Kelly. O quarto escuro parece falar, assim como cada canto da casa da vítima. “Meu Deus. O que este homem fez com a minha filha. Ela queria tanto melhorar de vida, dar uma boa educação às filhas, no entanto, não teve a chance de ver as filhas crescerem”, disse Lúcia, ainda no quarto das netas. No quarto do casal, as manchas de sangue confirmam a ação monstruosa. A peça vazia e também escura apresenta pequenas manchas no chão e também em uma das paredes. “Ele é um mostro. Matou minha filha e pelo jeito também mataria minhas netas. Ele tenta alegar loucura, mas louca fui eu ao não perceber que ele era um monstro e que jamais deveria ter se aproximado de Kelly”. O cenário lutuoso levou Vera ao desabafo: “fiquei sabendo de muitas depois que Kelly morreu”, disse com voz tremula e lágrimas nos olhos.

As revelações
Vera Lúcia contou que a filha vinha sendo agredida já há algum tempo e que quando dizia que ia embora, era ameaçada de morte. “Ele dizia que ia matar as meninas, que mataria a mim e aos irmãos da Kelly. Quando ela dizia que chamaria a Polícia, ele debochada e a agredia com facas e tesouras. Minha neta de 10 anos viu muita coisa e agora nos conta tudo o que vinham sofrendo”. A menina de 10 anos é Eduarda - foi ela quem pediu socorro e evitou que "Zé Gotinha" matasse a todos na casa. “A Eduarda está impressionada. Ela se abriu conosco e decidiu falar. Disse que o pai a mordia quando ela se saia mal na escola ou teimava com ele. O caderno da Eduarda é todo marcado a facadas. Ela está traumatizada e tem muito medo que ele venha a ser solto”. Para a mãe de Kelly, Gustavo havia planejado o crime. “O encontrei na rua dias antes do crime. Ele me pediu para tomar conta de Kerolin e disse que iria trabalhar na safra da maça. No dia seguinte vim à casa de Kelly, e ela disse que não tinha intenção de abandonar a filha e que não sabia o porquê "Zé Gotinha" havia dito isso. Ele chegou, sempre irônico, se fazendo de bonzinho e me chamando de sogrinha. Disse que era brincadeira e que eles estavam bem e eu acreditei”, falou. Segundo Vera, o assassino sumiu com as certidões de nascimento das duas meninas mais velhas e com várias roupas dele e das crianças. “Ele ia matá-las. Estava com tudo planejado e os vizinhos comentaram conosco que naquele dia, um pouco mais cedo, ele dizia a ela, pelo pátio, que naquela noite haveria uma tragédia”. A outra filha de Vera também mora no pátio, com entrada separada, mas com visão nítida a casa irmã, e disse ter visto várias discussões, mas nunca quis se meter. “Ela disse que escutava a irmã chorar e gritar, mas não imaginava que o caso era tão grave e que chegaria a este ponto”.

Ao sair da casa, fechando a porta lentamente, Vera sussurra: se a Lei do homem falhar, a de Deus fará a sua parte. O grande medo da família de Kelly é de que Gustavo consiga alegar insanidade mental e volte às ruas e ao convívio das meninas.

Os demônios de Moisés
Os vizinhos de Kelly assistiram a tudo. Foram eles que escutaram os gritos de socorro de Eduarda e invadiram a casa evitando uma tragédia ainda maior. Ao ser retirado da casa por populares e ao perceber a chegada da Brigada, Moisés despiu-se e foi à frente de uma igreja localizada na mesma calçada de sua casa. Aos gritos, segundo os vizinhos, Moisés dizia estar possuído por demônios e pedia a Deus que deixasse as forças malígnas tomarem conta de sua alma. “Foi uma cena de filme de terror. Era como se o diabo estivesse em seu corpo, ele gritava, falava em demônios e derrubava ódio”, disse uma vizinha. O outro vizinho vai além ao falar da cena. “Os demônios que invadem o corpo dele têm nome – crack. Ele é um viciado desgraçado que merece apodrecer na cadeia”, finalizou.

O crime aconteceu por volta das 23h do dia 6 e, segundo os relatos das crianças e dos vizinhos que escutaram as discussões, a mulher estava amamentando a filha de 6 meses quando o marido chegou à casa e ordenou que ela desligasse a luz, ao que teria respondido que estava amamentando. Depois disso, Kelly começou a gritar e a filha do casal saiu pela porta da frente, atrás de socorro. Quando os vizinhos invadiram a casa, ele ordenava que se afastassem, pois ele queria sangue e matar todo mundo. Um homem armado de revólver conseguiu contê-lo, colocou Kelly num carro e a levou ao hospital. A jovem morreu poucas horas depois, pois os ferimentos provocados por uma das facas de cozinha foram profundos e impossibilitaram o socorro. As filhas de Kelly estão com a avó materna, euquanto o menino do primeiro relacionamento da jovem mora com os avós paternos. Segundo a mãe da vítima, Eduarda enfrenta a dor em silêncio, desabafa com uma vizinha e chora sempre que está sozinha. Leandra, de 4 anos, chora de saudade da mãe e tem pesadelos. Kerolin chora pelo peito da mãe, não aceita a mamadeira e esteve doente nos últimos dias. As crianças, segundo Vera, passarão por tratamento psicológico.

Vera Lúcia é uma dona de casa que criou os filhos com dignidade, sem pensar que o crime atingiria sua família através de um amor platônico vivido pela filha com um traficante. Kelly Cristina Correia de Almeida, 28 anos, conheceu o seu assassino há mais de dez anos. Ela já tinha um filho quando se envolveu com o traficante e ao casar-se com ele teve outras três crianças, todas elas mulheres. Kelly encontrou em seu amor, o seu cruel assassino.

Polícia captura Charles, o 3º elemento do assassinato na festa de 15 anos

Agentes da 2ª Delegacia de Polícia de Uruguaiana efetuaram na manhã de ontem, a prisão de Charles Moreira, de 22 anos. Ele é investigado pela prática do homicídio perpetrado contra Fernando Israel da Silva e pela tentativa de homicídio de outras três pessoas ocorridas durante uma briga desencadeada no último 12/08, por volta da 0h, na Rua Alcides Trein, em via pública. Na ocasião, o referido indivíduo, durante o evento, deflagrou diversos disparos de arma de fogo contra o grupo das vítimas, uma das quais restou falecida e outras três feridas. A referida diligência integra as apurações do referido fato, em razão do qual C.C.M foi indiciado pela prática dos referidos crimes contra a vida e pelo delito de rixa qualificada, pela qual também foram indiciados os imputáveis W.J.S.B e A.C.C.M e o adolescente Alexander Bitencourt. Segundo o delegado Rodrigo Duarte, apesar dos referidos indiciamentos, a referida investigação continua para a realização das providências finais, sendo que outras pessoas ainda poderão ser indiciadas por envolvimento na referida briga. Fernando estava numa festa de 15 anos, no bairro Cidade Nova, quando foi á frente ver o que acontecia. Dois grupos se enfrentam, sendo que um deles, havia tentado invadir a festa. O jovem foi atingido por um tiro no tórax e faleceu horas depois, na Santa Casa de Caridade.

Impune pela morte de Atropelado, Gordo Gilso tenta matar a esposa

Gilso Barbosa Andrade tentou matar sua companheira, Maria Laura, conhecida como “Laurinha” a facadas. O fato aconteceu na tarde de quinta-feira e segundo informações, a desavença foi motivada por ciúmes. “Gordo Gilson” foi apontado no mês de junho, como o assassino de Carlos Henrique da Silveira, o “Atropelado”.
O boné de Gilso foi encontrado próximo da cena do crime e testemunhas disseram à Polícia, que a vítima e o acusado haviam brigado por causa de Laurinha, antigo amor de Atropelado. A Polícia Civil pediu a prisão ao Judiciário em duas oportunidades – o primeiro pedido negado, e o segundo concedido provisoriamente. Sem estar convencido da culpa do “Gordo Gilso”, o juiz da Vara Criminal concedeu a liberdade do acusado, sendo ele devolvido ao convívio da sociedade, inclusive de Laurinha, a sua mais recente vítima. Gilso está na Modulada e Laurinha hospitalizada em estado grave.