sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Professores entram em greve a partir de segunda-feira

Em assembleia realizada na tarde de ontem, em Porto Alegre, professores estaduais do Rio Grande do Sul decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira. O objetivo é pressionar o governo estadual, antes do encerramento do ano letivo, pelo cumprimento da lei que determina o pagamento do piso nacional do magistério, de R$ 1.187. No Estado, um professor que trabalha 40 horas semanais ganha como vencimento básico R$ 862,80, segundo informações da Secretaria de Educação. A estimativa do governo é que o cumprimento da lei terá um impacto de R$ 1,7 bilhão anual aos cofres públicos. Segundo a secretaria, o governo assumiu o compromisso de pagar o piso, mas isso será feito de forma gradual até 2014. O sindicato da categoria (Cpergs-Sindicato) cobra o cumprimento imediato da lei, ratificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto. Além disso, é contrário à proposta do governo de reformulação do ensino médio, com aulas voltadas para a preparação para o mercado de trabalho. Para o Cpergs, a medida torna o ensino mais deficitário do que já é, além de "tirar a oportunidade dos alunos das escolas públicas de competir em concursos de acesso a cursos superiores".
De acordo com o sindicato, pelo menos 5 mil professores participaram da assembleia, no ginásio Gigantinho. Uma ala do sindicato chegou a defender o início da greve em março de 2012, para não prejudicar o fim do ano letivo, mas a proposta foi rejeitada pela maioria.
Por volta das 16h30min, os professores e funcionários de escolas deram início a uma caminhada até o Palácio Piratini, sede do governo estadual, onde pretendem entregar um documento comunicando sobre a decisão de greve e com as demandas da categoria.

Obstetras pedem afastamento dos plantões na Santa Casa

Três obstetras de Uruguaiana pediram afastamento dos plantões na Santa Casa de Uruguaiana. O SIMERS conversou com os profissionais no dia 10, na delegacia, e comprometeu-se a redigir o comunicado oficial de desobrigação com as escalas, a ocorrer em 30 dias a contar do recebimento do mesmo na administração do hospital. Outro termo também será entregue solicitando que, a partir de dezembro, a grade de horários seja elaborada pela diretoria da instituição.

Segundo disseram os obstetras, o administrador da Santa casa encaminhou proposta de reajuste no valor/hora para a Prefeitura. Em novembro, o grupo passaria a receber R$ 42 a hora, mais a produção (atualmente é pago R$ 32 + produção). Em janeiro, o hospital passaria também a assinar a carteira de trabalho dos médicos. A oferta, contudo, ainda não foi formalizada. O Sindicato informou os seus sócios que, por a questão estar toda no âmbito judicial no município, qualquer acordo deve ser proposto nos autos, e suas cláusulas informadas ao advogado da entidade.