Empresa cogita acordo para retomada do abastecimento e intercâmbio com Argentina. Possibilidade depende de ministérios dos dois países
A AES Uruguaiana espera para o primeiro trimestre de 2012 a decisão sobre o processo contra a fornecedora argentina de gás YPF, em razão da interrupção do fornecimento do combustível à UTE Uruguaiana (RS, 639,9 MW). O presidente da AES Brasil, Britaldo Soares, disse nesta sexta-feira, 13 de maio, que uma solução sobre o caso da Uruguaiana passa pela definição do abastecimento, que não possui alternativas à distribuição vinda da Argentina.
"Esse processo continua. Nossa estimativa é que tenhamos uma primeira decisão no primeiro trimestre de 2012. Continuamos avaliando essas possibilidades de solução. O grande desafio é a logística da região. O acesso a uma fonte de gás é restrito à Argentina em virtude da estrutura de gasoduto da região", analisou o executivo, que participou de teleconferência sobre os resultados da AES Brasil no primeiro trimestre.
Britaldo contou que uma das possibilidades envolve o intercâmbio, com o fornecimento do gás argentino e a destinação da energia gerada no Brasil para o país vizinho. "Temos analisado opções que envolvem fornecimento de gás da Argentina com a possibilidade, por exemplo, de obtermos gás da Argentina, gerarmos energia na Uruguaiana e exportarmos energia de volta para a Argentina", detalhou.
O presidente da AES Brasil destacou, no entanto, que essa solução envolveria acordos entre os dois países para a exportação de energia. "Estamos fazendo análises e discutindo isso para ver a possibilidade. Mas temos que ter bastante calma porque as soluções são complexas até em vista da situação do fornecimento de gás na Argentina", afirmou Britaldo.
No primeiro trimestre, a AES Uruguaiana apurou lucro líquido de R$ 3,2 milhões, R$ 3,7 milhões de ebitda e receita líquida de R$ 369 mil. Britaldo explicou que o valor reduzido da receita deve-se ao fato de a usina estar sem operação. Segundo ele, os investimentos estão aplicados, basicamente, na manutenção da usina.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Demanda da AES Uruguaiana sobre o gás argentino deverá ter resultado em 2012
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Conforme publicado na Edição de hoje do Jornal Cidade, o advogado Cassiano Sgorla, procurador geral do Município, obteve agora pela manhã decisão liminar junto a Justiça em Uruguaiana suspendendo, imediata e integralmente, os trabalhos da CPI da Saúde.
A decisão foi exarada pelo juiz Carl Olav Smith, que entendeu, em apertada síntese, ausência de requisito constitucional essencial à instauração de CPI’s, qual seja, a determinação do objeto da investigação.
Segundo relatório do Magistrado, “não obstante o requerimento nº 07/2011 tenha procurado trazer especificação dos fatos a serem apurados, relacionando-os em quatro itens (fls. 24/25), por sinal - como se depreende do parecer do Ministério Público - de determinação questionável, não foi esse o ato que instaurou a CPI”. O art. 1º da Resolução nº 05/2011, que a instaurou, tem a seguinte redação: “Fica constituída COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (C.P.I.) da Câmara Municipal de Uruguaiana atendendo requerimento do Ver. José Clemente da Silva Corrêa, protocolado sob o nº 352/11, subscrito pelos vereadores Ilson Mauro da Silva Brum, Francisco Azambuja Barbará e João Adalberto da Rosa e Silva, para apurar possíveis irregularidades tanto na Santa Casa de Caridade, bem como na Secretaria Municipal de Saúde e todos os fatos relacionados aos Postos de Saúde (PSF)”, e isto, para Carl Smith, significa que a CPI não foi instalada para apurar apenas os fatos relacionados nos quatro itens do Requerimento firmado pelos vereadores Clemente, Mauro Brum, Kiko Barbará e Adalberto Silva.
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