quinta-feira, 19 de maio de 2011

Demanda da AES Uruguaiana sobre o gás argentino deverá ter resultado em 2012

Empresa cogita acordo para retomada do abastecimento e intercâmbio com Argentina. Possibilidade depende de ministérios dos dois países

A AES Uruguaiana espera para o primeiro trimestre de 2012 a decisão sobre o processo contra a fornecedora argentina de gás YPF, em razão da interrupção do fornecimento do combustível à UTE Uruguaiana (RS, 639,9 MW). O presidente da AES Brasil, Britaldo Soares, disse nesta sexta-feira, 13 de maio, que uma solução sobre o caso da Uruguaiana passa pela definição do abastecimento, que não possui alternativas à distribuição vinda da Argentina.

"Esse processo continua. Nossa estimativa é que tenhamos uma primeira decisão no primeiro trimestre de 2012. Continuamos avaliando essas possibilidades de solução. O grande desafio é a logística da região. O acesso a uma fonte de gás é restrito à Argentina em virtude da estrutura de gasoduto da região", analisou o executivo, que participou de teleconferência sobre os resultados da AES Brasil no primeiro trimestre.

Britaldo contou que uma das possibilidades envolve o intercâmbio, com o fornecimento do gás argentino e a destinação da energia gerada no Brasil para o país vizinho. "Temos analisado opções que envolvem fornecimento de gás da Argentina com a possibilidade, por exemplo, de obtermos gás da Argentina, gerarmos energia na Uruguaiana e exportarmos energia de volta para a Argentina", detalhou.

O presidente da AES Brasil destacou, no entanto, que essa solução envolveria acordos entre os dois países para a exportação de energia. "Estamos fazendo análises e discutindo isso para ver a possibilidade. Mas temos que ter bastante calma porque as soluções são complexas até em vista da situação do fornecimento de gás na Argentina", afirmou Britaldo.

No primeiro trimestre, a AES Uruguaiana apurou lucro líquido de R$ 3,2 milhões, R$ 3,7 milhões de ebitda e receita líquida de R$ 369 mil. Britaldo explicou que o valor reduzido da receita deve-se ao fato de a usina estar sem operação. Segundo ele, os investimentos estão aplicados, basicamente, na manutenção da usina.

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