O prefeito Sanchotene Felice disse durante o Programa “Uruguaiana Vencerá!” da última quinta-feira, que os médicos estavam encaminhamento desnecessariamente procedimentos de cateterismo, pois pacientes de Uruguaiana levados à outras cidades pela secretaria de Saúde, tiveram rechaçadas tais necessidades. Os encaminhamentos teriam como objetivo alarmar os uruguaianenses e promover uma revolta contra o Executivo. Felice também atribuiu aos médicos do Instituto de Cardiologia o descredenciamento da Santa Casa de Caridade junto ao SUS, o que vem impossibilitando o atendimento gratuito à comunidade. Também nos últimos dias, Felice havia desqualificado as atribuições do Corpo Clínico, atualmente sob a direção do médico Luiz Antônio Marty, dizendo que a entidade não influenciaria as decisões da Administração da Santa Casa de Caridade.
O procurador Caciano Ferreira também se manifestou sobre o tema e, segundo ele, o Incar não atende pelo SUS devido a recusa dos médicos em aceitarem outros profissionais que não os determinados por eles no grupo de trabalho. “Se o prefeito aceitasse manter a equipe que eles acham certa, voltariam a atender pelo SUS, e isso é inaceitável”, destacou Caciano.
Em entrevista ao Jornal CIDADE, o médico Luiz Antônio Marty disse que o Corpo Clínico é uma entidade independente e tem suas atribuições definidas pela Constituição Federal. Também reza o Regimento do Cremers/RS, Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, que o Corpo Clínico deve manter um alto padrão moral, técnico e científico para a consecução de suas finalidades e que o Diretor Clínico representa o Corpo Clínico perante a Direção da Instituição Hospitalar, gozando seus membros de plena autonomia profissional, técnica, científica, política e cultural. Além disso, o Corpo Clínico terá como objetivos, entre outros, contribuir para o bom desempenho profissional dos médicos, assegurar a melhor assistência à clientela da Instituição, colaborar para o aperfeiçoamento dos médicos e do pessoal técnico da instituição, estimular a pesquisa médica, cooperar com a Administração da Instituição visando à melhoria da assistência prestada e estabelecer rotinas para a melhoria da qualidade dos serviços prestados. Destaca ainda que compete ao Corpo Clínico prestar assistência médica aos pacientes sob seus cuidados, independentemente de cor, raça, religião, situação social ou política, além de decidir a respeito da admissão de médico ao Corpo Clínico, e sobre punição de médico (após a respectiva sindicância), realizar Assembléias e Reuniões Científicas, e cooperar com a Administração respeitando o Código de Ética Médica, os regulamentos e as normas existentes; participar na educação sanitária da população hospitalar e colaborar nos programas de treinamento do pessoal contribuindo para o aprimoramento dos padrões profissionais da Instituição. Quanto às declarações do procurador Caciano, Marty enfatizou que médicos cuidam de doentes, administradores cuidam de empresas, e que Caciano entende de advocacia, inapto, portanto, para falar de saúde. Marty também rebateu, e veementemente, as acusações de Felice, afirmando que o Incar não atende pelo SUS por determinação expressa dele, Felice, que solicitou o descredenciamento do Instituto junto a Coordenadoria de Saúde, assim que iniciou a perseguição aos médicos.
Fábio Motta, outro médico alvo da ira de Felice, disse que o Incar pode voltar a atender pelo SUS a qualquer momento, mas que isso depende exclusivamente de seu algoz, o prefeito. Garantiu que jamais encaminhou procedimentos desnecessários com objetivos financeiros, mas sim para garantir a vida de pacientes, destacando que os encaminhamentos para tratamento fora do domicílio foram avalizados por outros médicos contratados pelo município, e que aqui atuaram, embora por curta temporada. Motta também apresentou um documento expedido pelo secretário de Saúde Luiz Augusto Schneider, dizendo que durante sua atividade profissional junto à Santa Casa, jamais teve atitudes ou postura inadequada.
Enquanto a “guerra” entre o Executivo e parcela da comunidade médica se desenrola, Uruguaiana conta com um Instituto de Cardiologia que atende uma pequena parcela da população com condições financeiras de arcar com os custos de procedimentos complexos e onerosos, mas privando mais de 90% de seus cidadãos que ficam a mercê de recursos judiciais que permitam-lhes receber atendimento necessário, se ainda estiverem vivos.
O procurador Caciano Ferreira também se manifestou sobre o tema e, segundo ele, o Incar não atende pelo SUS devido a recusa dos médicos em aceitarem outros profissionais que não os determinados por eles no grupo de trabalho. “Se o prefeito aceitasse manter a equipe que eles acham certa, voltariam a atender pelo SUS, e isso é inaceitável”, destacou Caciano.
Em entrevista ao Jornal CIDADE, o médico Luiz Antônio Marty disse que o Corpo Clínico é uma entidade independente e tem suas atribuições definidas pela Constituição Federal. Também reza o Regimento do Cremers/RS, Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, que o Corpo Clínico deve manter um alto padrão moral, técnico e científico para a consecução de suas finalidades e que o Diretor Clínico representa o Corpo Clínico perante a Direção da Instituição Hospitalar, gozando seus membros de plena autonomia profissional, técnica, científica, política e cultural. Além disso, o Corpo Clínico terá como objetivos, entre outros, contribuir para o bom desempenho profissional dos médicos, assegurar a melhor assistência à clientela da Instituição, colaborar para o aperfeiçoamento dos médicos e do pessoal técnico da instituição, estimular a pesquisa médica, cooperar com a Administração da Instituição visando à melhoria da assistência prestada e estabelecer rotinas para a melhoria da qualidade dos serviços prestados. Destaca ainda que compete ao Corpo Clínico prestar assistência médica aos pacientes sob seus cuidados, independentemente de cor, raça, religião, situação social ou política, além de decidir a respeito da admissão de médico ao Corpo Clínico, e sobre punição de médico (após a respectiva sindicância), realizar Assembléias e Reuniões Científicas, e cooperar com a Administração respeitando o Código de Ética Médica, os regulamentos e as normas existentes; participar na educação sanitária da população hospitalar e colaborar nos programas de treinamento do pessoal contribuindo para o aprimoramento dos padrões profissionais da Instituição. Quanto às declarações do procurador Caciano, Marty enfatizou que médicos cuidam de doentes, administradores cuidam de empresas, e que Caciano entende de advocacia, inapto, portanto, para falar de saúde. Marty também rebateu, e veementemente, as acusações de Felice, afirmando que o Incar não atende pelo SUS por determinação expressa dele, Felice, que solicitou o descredenciamento do Instituto junto a Coordenadoria de Saúde, assim que iniciou a perseguição aos médicos.
Fábio Motta, outro médico alvo da ira de Felice, disse que o Incar pode voltar a atender pelo SUS a qualquer momento, mas que isso depende exclusivamente de seu algoz, o prefeito. Garantiu que jamais encaminhou procedimentos desnecessários com objetivos financeiros, mas sim para garantir a vida de pacientes, destacando que os encaminhamentos para tratamento fora do domicílio foram avalizados por outros médicos contratados pelo município, e que aqui atuaram, embora por curta temporada. Motta também apresentou um documento expedido pelo secretário de Saúde Luiz Augusto Schneider, dizendo que durante sua atividade profissional junto à Santa Casa, jamais teve atitudes ou postura inadequada.
Enquanto a “guerra” entre o Executivo e parcela da comunidade médica se desenrola, Uruguaiana conta com um Instituto de Cardiologia que atende uma pequena parcela da população com condições financeiras de arcar com os custos de procedimentos complexos e onerosos, mas privando mais de 90% de seus cidadãos que ficam a mercê de recursos judiciais que permitam-lhes receber atendimento necessário, se ainda estiverem vivos.