Naquele momento, Fábio apresentava à Polícia Judiciária um homem flagrado em via pública portando uma arma de fogo. Ele, acompanhado de outros homens, monitorava uma loja no centro da cidade. Durante a apresentação ao Plantão, Fábio fotografou o preso. O delegado Albeche, que entrava na sala justamente naquele momento, disse ao policial que seu ato era de desacato, pois não lhe fora dada qualquer autorização para fotografar naquele local público, determinando-lhe que se retirasse imediatamente.
Questionado por nossa reportagem, Albeche disse ter solicitado ao Policial que se retirasse da sala, pois não prestava qualquer serviço naquele momento, e seria chamado posteriormente para depor, se assim fosse necessário. Já os policiais ouvidos lamentaram que a reprimenda tenha ocorrido diante de um criminoso, que assistiu a cena e viu o Policial Militar que o prendeu ser completamente desmoralizado pelo Delegado. O comandante do 1º BPaf, major Joni Alvim, informado dos fatos, disse que se manifestará após averiguar bem a situação.
Os armários do Ciosp e o rádio desaparecido
Há cerca de 10 dias, o mesmo delegado Albeche deslocou-se ao terceiro andar do prédio da Delegacia de Polícia, mais precisamente ao Ciosp, e revistou os armários dos Policiais Militares. Durante a ação, ele disse estar procurando um rádio pertencente a Polícia Civil e que estava desaparecido. Segundo Thiago, a ação, na verdade, foi um trabalho de rotina, sendo ser sua função preservar o patrimônio da Secretaria de Segurança Pública - os armários não foram revistados, e sim averiguados, pois, como dito, fazem parte do patrimônio da SSP.
Os armários do Ciosp e o rádio desaparecido
Há cerca de 10 dias, o mesmo delegado Albeche deslocou-se ao terceiro andar do prédio da Delegacia de Polícia, mais precisamente ao Ciosp, e revistou os armários dos Policiais Militares. Durante a ação, ele disse estar procurando um rádio pertencente a Polícia Civil e que estava desaparecido. Segundo Thiago, a ação, na verdade, foi um trabalho de rotina, sendo ser sua função preservar o patrimônio da Secretaria de Segurança Pública - os armários não foram revistados, e sim averiguados, pois, como dito, fazem parte do patrimônio da SSP.
O Ciosp
O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública – Ciosp, foi inaugurado em Uruguaiana no ano de 2006, como o objetivo de centralizar as ações de segurança pública por meio da integração operacional entre os órgãos. Anunciava-se a vinda de pelo menos 70 viaturas para compor nossas forças policias, reforço e a presença de policiais civis e militares no Órgão. As promessas não foram cumpridas pelo Governo do Estado, e apenas Policiais Militares trabalham no local, pois, segundo Albeche, a disponibilização de policiais civis torna-se inviável devido ao déficit de pessoal.
No ano passado a procuradora Lara Claro ajuizou Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa do ex-governador Germano Rigotto e os ex-secretários da Justiça e Segurança José Otávio Germano (deputado federal) e Omar Jacques Amorim, além de danos ao erário e violação dos princípios administrativos na construção, aquisição de equipamentos e implantação do Ciosp, que custou R$ 11,73 milhões aos cofres do Estado e da União. No entanto, a Procuradora identificou desvios de dinheiro, levando em consideração a “maquiagem” feita pela Secretaria de Segurança no local, já que as tão sonhadas viaturas, assim como as demais promessas, jamais saíram do papel.