quinta-feira, 11 de agosto de 2016

CPI faz novo ‘convite’ a Schneider

Instalada no ano passado, a CPI apura irregularidades nos pagamentos a prestadores de serviços e continua buscando respostas do Prefeito.

Gabriela Barcellos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura denúncias contra o prefeito Luiz Augusto Schneider (PSDB), acusado de privilegiar pagamento a fornecedores da Prefeitura, com quem mantém relacionamento pessoal, e até de desviar verbas para tal, encaminhou ontem, 8/8, lhe encaminhou um novo ofício, solicitando sua presença para prestar esclarecimentos. Por ser o chefe do Poder Executivo, Schneider não pode ser convocado a prestar depoimento, mas somente convidado, ou seja, ele mesmo decidirá se quer ou não prestar os referidos esclarecimentos. Desde o início da dos trabalhos, presididos pelo vereador Irani Fernandes (PP), Schneider foi convidado pelo menos outras duas vezes, chegou a comprometer-se em comparecer, mas de última hora, desmarcou o compromisso.
De acordo com Fernandes, este é o último passo para conclusão da CPI. “Pelo apurado até o momento, nos resta somente ouvir o Prefeito para concluir esse trabalho. Sua oitiva é imprescindível, temos muita coisa para perguntar a ele”, explica.
Formada ainda pelos vereadores Egídio Carvalho (Rede), Fernando Tarragó (PSD), Marcelo Lemos (PDT) e Rafael Alves (PMDB), que atua como relator, a CPI apura denúncias levantadas pelo vereador Rafael no final do ano passado, de que, no momento de efetuar o pagamento de fornecedores e prestadores de serviços, Schneider estaria privilegiando alguns credores. Munido com documentos extraídos do Portal da Transparência, Alves citou o exemplo da empresa Batanoli & Batanoli, que à época era prestadora de serviço de transmissão de dados/internet da Prefeitura, e que tem como um dos sócios, o secretário de Cultura José Vicente Batanoli Ramos, amigo pessoal do Prefeito, e secretário-geral do PSDB e da associação criada por Schneider e seu secretariado para ‘arrecadar’ contribuições dos funcionários com funções gratificadas e gratificações especiais. 
Para Irani, considerando os depoimentos colhidos até o momento, fica bastante claro que os pagamentos a fornecedores não são feitos em ordem cronológica, como deveria ser. “A justificativa dos secretários de Schneider que foram ouvidos na CPI, é de que esses pagamentos são priorizados diante das ameaças de corte nos servidos, considerando que estes são essenciais para o funcionamento de determinados setores, como é o caso da internet. Está claro que é tudo uma grande bagunça, e que o próprio Schneider é quem determina quem será pago primeiro, mas ainda não podemos afirmar com toda convicção, que houve algum tipo de conduta irregular por parte do Prefeito”, diz.

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