segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Barra do Quaraí: Acusado de matar o irmão é condenado a 21 anos

Gabriela Barcellos

O Tribunal do Júri de Uruguaiana julgou e condenou na quinta-feira, 8/9, Halead Yussef Sahori, pelo assassinato do próprio irmão dele, ocorrido em 2014, na Barra do Quaraí. Natural de Uruguaiana, o homem matou o irmão, Abdel Aziz Yusuf Abder Razeq, com quatro tiros.
O crime ocorreu por volta de 15h40min do dia 27 de outubro, em via pública, na rodovia BR-472, km 653, próximo ao posto da aduana brasileira. De acordo com o Ministério Público, Halead passava pelo local quando viu o irmão, acompanhado por outras duas pessoas, e foi ao encontro de Abdel, já passando a atirar repetidamente contra ele. Depois do crime, voltou ao carro que dirigia e saiu rapidamente do local, cruzando a fronteira com a uruguaia Bella Unión.
A prisão preventiva de Halead foi decretada em dois dias depois do crime e ele foi preso no Uruguai. Posteriormente ficou em liberdade condicional no país vizinho, até ser deportado para o Brasil, no dia 18 de agosto de 2015, quando deu entrada na Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana.
Para o Ministério Público, o crime foi motivado por interesses patrimoniais da família e pela inveja que sentia do sucesso empresarial do irmão. Ele foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que esta foi atacada quando estava na presença de outras pessoas, as quais conversavam e trafegavam normalmente em via pública, sendo pega de surpresa.
A sessão foi presidida pelo juiz Guilherme Machado da Silva e o Ministério Público foi representado pelo promotor Luiz Antônio Barbará Dias. Já a defesa de Halead ficou a cargo do advogado Roberto Acosta Nunes. Após as manifestações de ambas as partes, os jurados o consideraram culpado, reconhecendo inclusive as qualificadoras do crime. A pena foi fixada pelo Magistrado em 21 anos de prisão, em regime inicial fechado e o réu, que respondia ao processo preso, foi levado de volta à Modulada assim que a sessão de julgamento terminou.
A defesa do rapaz foi procurada, mas não atendeu a reportagem do Jornal CIDADE ou retornou nossas ligações até o fechamento desta edição. Ainda cabe recurso.

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