segunda-feira, 7 de agosto de 2017

DPCA procura acusado de tentativa de assassinato

Carlos Eduardo Benites Jacques está foragido
desde junho.
A Polícia Civil procura Carlos Eduardo Benites Jacques, de 43 anos, suspeito de ter participado de uma tentativa de homicídio ocorrida no último dia 30 de março, por volta de 1h30min. Jacques teve a prisão preventiva solicitada pelo delegado Enio Tassi, que conduz o inquérito policial na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e decretada pelo juiz Guilherme Machado da Silva, da 1ª Vara Criminal no dia seis de junho.
Benites foi acusado de ter espancado e esfaqueado A.S.F., de 17 anos. Além dele, outras duas pessoas, seus enteados, teriam participado do crime. Um deles, Adair Godoi de Mello Júnior, conhecido como ‘Pânico’, também teve a prisão decretada e já foi capturado; e o outro é K.B.S. de 15 anos.
A acusação
O crime ocorreu nas proximidades da escola Roberval Beheregaray. A vítima, que permaneceu por dias internada na Santa Casa de Caridade, contou que teve um relacionamento amoroso de cerca de sete meses com K.B.S. e que a mãe e o irmão dele não aceitavam o namoro. Na noite do crime, os dois se encontraram para conversar, após um telefonema de K.B.S., o que já havia ocorrido outras vezes. No meio da conversa, K.B.S. teria lhe pedido um beijo e, diante da negativa da vítima K.B.S. o agarrou a força, momento em que a vítima percebeu a chegada do ‘ex-cunhado’, e tentou fugir. A.S.F. contou que chegou a correr por cerca de duas quadras, mas foi alcançado por Carlos Eduardo, a quem não conhecia até então. A partir daí os três acusados teriam lhe desferido chutes e socos e Benites e ‘Pânico’ o esfaquearam, inclusive tentando lhe degolar.
A agressão somente teve fim porque uma moradora do local ouviu os gritos de socorro da vítima, e gritou para os acusados que iria chamar a polícia, momento em que os agressores fugiram.
Os acusados
Em depoimento, K.B.S. confessou ter esfaqueado a vítima, mas contou que agiu em legitima defesa, e que estava sozinho. Ele disse que o relacionamento dos dois foi casual e que A.S.F. o procurou na noite do crime, querendo reconciliar-se, mas que se recusou porque estava namorando outra pessoa, uma menina. Diante da rejeição de K.B.S., A.S.F. teria partido para cima dele com um facão.
Adair e Benites também foram ouvidos pela polícia. Os dois negaram a participação no crime.
Adair contou que saiu de casa junto com o irmão, mas que o deixou no meio do caminho e foi para um bar, na Rua Félix Grivot, onde ficou bebendo até às 3h. já Carlos Eduardo disse que estava dormindo, em casa ou na casa da namorada, mãe de K.B.S. e Júnior.
Já a mãe, contou que proibiu o namoro do filho com a vítima, mas não por este ser travesti, mas porque acreditava que o mesmo era usuário de entorpecentes, e que somente soube do fato no dia seguinte, quando o filho lhe contou que havia agido em legítima defesa, e acabara ferindo a vítima.
Reconhecimentos
No dia do crime, enquanto era socorrido e levado ao pronto socorro municipal por um amigo, A.S.F. já apontada K.B.S. e Júnior como seus agressores, juntamente com um homem “mais velho”, que não conhecia. Ao longo da investigação, porém, a polícia chegou a Carlos Eduardo, que posteriormente foi reconhecido pela vítima como o terceiro agressor, em pelo menos duas ocasiões, por meio de fotografia.
Benites também deverá responder por uma agressão contra o irmão da vítima. A ocorrência foi juntada ao inquérito policial e conta que, o irmão de A.S.F., A.S.S.F. de 16 anos, foi agredido a pedradas e chutes, na Rua Setembrino de Carvalho, por K.B.S. e seu padrasto. O menor contou que voltava para casa quando os dois se aproximaram, em uma motocicleta Titan preta com aro laranja. O carona, de capacete, desceu e disse “não te disse que ia te matar”. A.S.S.F. disse ter reconhecido a voz de K.B.S. e que o outro homem tirou o capacete quando chegaram. Ao ser questionado em um reconhecimento fotográfico, ele também identificou Carlos Eduardo como sendo o motorista da motocicleta.
A DPCA realizou várias diligências a procura de Benites, mas até o momento ele continua em lugar incerto e não sabido. Qualquer informação que leve ao paradeiro do homem pode ser repassada para a DPCA pelo telefone 3414 4195, ou para o plantão policial pelo 3412 1127. É garantido o sigilo absoluto.
Gabriela Barcellos

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