Daiany Mossi
Com a realização dos jogos paraolímpicos no Brasil, o assunto que deveria ser tratado diariamente ganhou maior destaque – acessibilidade. Em Uruguaiana, ao longo dos últimos anos, várias denúncias foram trazidas à tona, no entanto, a falta de acessibilidade continua sendo uma realidade.
O Jornal CILDADE conversou com algumas das pessoas que precisam de acesso facilitado com segurança e autonomia e as declarações foram impressionantes.
Maria de Lourdes é cadeirante há muitos anos e conta que só recentemente descobriu que dar acessibilidade ao portador de deficiência é o dever do Município. “Deixei de ir à escola muito cedo e devido à falta de movimento nas pernas me isolei em casa. Sinto-me incomodada e triste quando preciso ir a algum lugar e pedir que alguém me acompanhe, pois não consigo ir sozinha”, disse Maria de Lourdes, moradora da Anita Garibaldi, que reclama das condições das calçadas nas imediações de sua casa.
Outro que conhece de perto esse problema, é o seu Valter, morador do bairro Santo Inácio. Segundo o cadeirante, desde que está na cadeira de rodas, seis anos, nunca mais conseguiu levar uma vida normal. “Para um cadeirante é difícil atravessar uma rua sem ajuda, imagina ir ao centro pagar uma conta. Em algumas lojas da cidade não há rampas e a Prefeitura não pode nem cobrar, pois lá também não há”, finalizou.
Também falta acessibilidade no antigo Fórum da cidade e em algumas escolas, devido à inexistência de rampa na entrada das salas de aula ou modelo inapropriado.
Plano de mobilidade urbana
Conforme o Prefeito Luiz Augusto Schneider, a Prefeitura finalizará ainda em seu Governo, o Plano de Mobilidade Urbana, que entre outras coisas, pretende dar acessibilidade á todas as pessoas, desde ao cadeirante a uma gestante que encontre dificuldades de acesso a serviços básicos.
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