Três atos memoráveis, dias 7, 8 e 9 passados, marcaram indelevelmente, mentes e corações uruguaianenses. A partir do empenho de Pirisca Greco, viu-se reunida bela música, poesia e performance tendo como mote a Califórnia da Canção Nativa. Por lá desfilaram composições, que de uma maneira ou outra, mostraram as várias faces, da pureza ao progressivo, de canções detentoras da Calhandra de Ouro. Quem, de sã consciência, não haveria de exultar com a apresentação do grupo “Os Angüeras”. Ressalte-se aqui a singeleza e pertinência da homenagem prestada a Aparício Silva Rillo pelo transcurso de seu aniversário. Certamente o poeta rondava por lá. Érlon Péricles, carismático, gaúcho até as tampas. Que intérprete, que empatia com o público. Ângelo Franco, parecia flutuar no palco tal a emoção e a cumplicidade com suas composições. Vitor Hugo( The Voice) apontou “la huella”- sinal que deixa sobre a terra um corpo ao pisá-la - levantando o público com a laureada “Prá onde Ir”... Vinícius Brum encantou a todos com seus temas. Sua poesia transcende rótulos. Mauro Moraes, incisivo, marcante...Parece desfilar com a mesma naturalidade entre o galpão e a sala “Cecília Meireles”. Aproveitando a deixa, Cecília e Julio Machado, na companhia de Pirisca Greco, emocionaram a todos com o clássico “Guri”. Até o mais cético temblou... Silvio Genro, ele, o violão e sua poesia... Menestrel campeiro. Rafael Ovídio da Costa Gomes, o “Cabo Déco”, impregnou o ambiente com seus versos. Luiz Marenco, segundo ele mesmo, convidou-se, mas verdade seja dita, veio e disse a que veio: “Veni Vidi Vici” . Iniciativa louvável destes guerreiros. Não houve padrinhos, proprietários ou mandantes. Houve compromisso com a causa: Volta Califa!
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