Colmar Duarte, um dos mentores da Califórnia da Canção Nativa, teceu comentários sobre o “Volta Califa”:
- “Este evento veio comprovar que de fato a Califórnia da Canção Nativa está na alma do povo uruguaianense. “Uruguaiana Terra da Califórnia”, é um slogan que veio para ficar. Quando a Califórnia começou a titubear, francamente falando, cheguei a acreditar que ela poderia terminar. Entendi, naquele momento, que ela havia atingido todos os seus objetivos. Havia sido aberto um palco para a música do Rio Grande, houve uma mudança nas feições da nossa música, surgiram músicos, arranjadores, compositores... Em minhas andanças pelo Rio Grande, fosse em festivais ou no lançamento de um livro, sempre era recebido com a mesma indagação: E a Califórnia?
Baseado nisto concluí que a Califórnia é uma referencia que não pode morrer. Ela está de tal forma impregnada ao movimento cultural oriundo dela, que, talvez, ocorre-se um efeito dominó de desestímulo aos outros festivais nativistas. A Califórnia é um farol no meio deste mar, não podendo apagar-se. A reabertura do teatro, Cine Pampa à época do nascedouro da Califórnia, berço de tudo que aconteceu, o empenho do meio cultural e os apoios que foram conquistados, me permitem afirmar que a Califórnia voltou. Há que se reconhecer que nossa cidade tem, hoje, um prefeito dedicado a Cultura. Exemplo disto é a criação de um Memorial da Califórnia, que certamente será uma atração turística, assim como a estruturação do Conselho Municipal de Cultura”.
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