Gabriela Barcellos
A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) realizou na tarde de ontem, 6/7, uma reunião com os órgãos de segurança, que atuam na prevenção e enfrentamento à violência doméstica e no atendimento às vítimas. O objetivo do encontro foi debater e colher sugestões para a criação de uma rede de apoio, na qual os órgãos trabalhem de forma conjunta. Para a delegada Caroline Bortolotti Huber, titular da Deam, a união das instituições trará ações mais efetivas no combate à violência doméstica. O plenário do salão do júri, no Fórum de Justiça Estadual esteve lotado.
O tema já vem sendo abordado desde a criação da Deam, a cerca de dois anos e encampado pela própria delegada, especialmente após a exposição ‘Nem tão doce lar’, relizada pela Fundação Luterana de Diaconia em parceria com a Associação de Catadores de Lixo Amigos da Natureza (Aclan), no primeiro semestre.
Durante o encontro, que teve a presença do Poder Executivo, representado pela vice-prefeita Neraí Kaufmann e pelos secretários de Ação Social e Habitação, Alexandre Brum e de Segurança e Trânsito, Clarindo Barbosa, da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Instituto Geral de Perícias (IGP), Brigada Militar, entre outros, foram apontados dados referentes ao município e levantada a importância da Rede na busca das necessidades ainda existentes no município.
“Nosso proposito inicial, que era mobilizar as instituições, foi cumprido. Todos se mostraram dispostos a participar dessa rede, o que nos deixa extremamente feliz”, conta a Delegada. Uma nova reunião, já com o objetivo de decidir como será a feita a coordenação da rede e quais as instituições já está pré-agendada para o dia 21.
Demandas
Além do trabalho integrado, com troca de informações e maior sintonia, a rede também terá por objetivo a construção da estrutura de enfrentamento à violência, ainda necessária. O município conta hoje com a Delegacia da Mulher, o Posto da Mulher e a Patrulha Maria da Penha, porém, outros serviços precisam ser prestados e é necessária a instalação imediata de uma casa abrigo e de um centro de referência para atender as vítimas. “Muitas vezes as vítimas acabam voltando para casa, voltando para o agressor. E não é porque elas querem, mas porque não têm opção”, explica Caroline.
Ainda há, sem dúvidas, muitas deficiências a serem sanadas, mas o pontapé inicial foi dado.
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