Daiany Mossi
O setor de neurologia da Santa Casa de Caridade de Uruguaiana fechou as portas nesta semana. Conforme a direção do hospital, o setor parou de funcionar devido à falta de repasse de recursos por parte do governo estadual ao hospital.
O hospital vai manter o atendimento aos pacientes que já estão internados no Centro Avançado de Neurologia e Neurocirurgia. Os novos casos serão encaminhados para Porto Alegre.
O próximo setor que deve parar é o de traumatologia, pois os profissionais também estão sem receber seus salários e faltam materiais de uso continuo.
Na terça-feira, houve a judicialização, ou seja, uma ação na Justiça para tentar receber os valores em atraso.
De acordo com o administrador do hospital, Geovane Cravo, a dívida do Estado com o hospital ultrapassa o valor de R$ 5 milhões.
“O último valor recebido do Hospital pelo Estado foi no dia 18 do mês passado. Tínhamos naquela data a previsão de recebermos mais um recurso do Estado até o dia 30. Situação que não ocorreu. Desde então, a provedoria busca de forma célere a condição de receber os valores devidos por parte do Estado, infelizmente por meio do diálogo, por melhor que venha sido junto aos seus representantes, não conseguimos o principal, o repasse dos recursos. Desta forma, estamos ajuizando ação junto ao MP para que possamos receber os valores pendentes. Para que se tenha uma ideia, são mais de R$ 5.500.000,00 sendo 5 meses de incentivo e mais a produção do mês. Não estaríamos passando por esse sacrifício, se estivéssemos com os repasses em dia. Mais uma vez contamos com a compreensão de todos, nos auxiliando na manutenção de nossa instituição, no controle do uso dos materiais e medicamentos, evitando desperdícios e seu uso racional, cuidando de forma adequado os pacientes, para que esses mais do que tudo, defendam a instituição, mostrando, que mesmo com salários atrasados, somos capazes de fazer a diferença”, disse Cravo.
Segundo Cravo, o fechamento do setor de neurologia não é definitivo, pois ele deverá voltar à normalidade assim que o hospital receber os valores relativos à produção do mês conforme o processo de recontratualização que em valores atualizados oscilam entre R$ 2,6 e R$ 2,8 milhões.
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