Gabriela Barcellos
A venda de sêmen da raça Angus teve aumento de 15,4% no Brasil em 2015. Os dados são da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) e foram divulgados na última semana. O relatório contabiliza a comercialização de 4.268.968 doses (Angus e Red Angus) em 2015, enquanto em 2014, foram 3.697.501 doses. Ainda conforme a associação, nos últimos seis meses a raça teve crescimento de 150%, três vezes a média do gado de corte, que ficou em 50%.
Para o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, o resultado reflete a consolidação da raça na pecuária brasileira e o avanço significativo do cruzamento industrial. “A Angus responde por mais da metade do sêmen de bovinos de corte vendido do país (51%). Estamos em crescimento e isso é reflexo de um trabalho sério e que traz resultados ao pecuarista”, pontuou. Em 2015, as raças de corte negociaram 8.274.084 doses no Brasil. Mais de 30% das vendas realizadas no país, ou seja, mais de 1,4 milhão de doses são produzidas com genética Nacional, um crescimento de 21%. “Os usuários da genética Angus no Brasil têm tido excelentes resultados com a utilização de sêmen nacional, desmitificando a questão do importado. Hoje, produzimos Angus de excelente qualidade nas cabanhas brasileiras, com a vantagem de ser genética adaptada às condições nacionais de produção e provada em nosso meio ambiente e mercado” finaliza o presidente.
Para o diretor do Programa Carne Angus, Reynaldo Salvador, o crescimento na venda de sêmen expressa os bons resultados que o cruzamento entre Angus e o Nelore vem apresentando no Brasil Central. Conforme ele, o a forte demanda por novilhos Angus jovens e bem terminados por parte da indústria reflete a preferência dos consumidores brasileiros e internacionais pela carne Angus. “No primeiro semestre de 2016, os abates do programa Carne Angus cresceram 38% frente à retração do volume total abatido no país. Isto mostra a forte demanda de nossa carne pelo mercado” complementou Salvador.
No primeiro semestre de 2016, a Asbia indica leve retração de vendas com queda de 1% entre as as raças de corte (-1%), um total de 2.662.547 doses nos primeiros seis meses. As maiores compras vieram dos Estados Mato Grosso (22%), Mato Grosso do Sul (16%) e Goiás (11%). O Rio Grande do Sul absorveu 7% das doses. “Não há um único motivo para essa queda nas vendas neste primeiro semestre. São um conjunto de fatores, além de toda a instabilidade econômica que o Brasil vive”, explica o presidente da Asbia, Carlos Vivacqua Carneiro da Luz.
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