quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Pai acusado de estuprar filhos de seis e quatro anos

Gabriela Barcellos

Um homem de 26 anos está sendo investigado por estupro de vulnerável. As vítimas são os próprios filhos dele, de quatro e seis anos. Os crimes chegaram a conhecimento da Polícia Civil na última quinta-feira, 8/9, através de ocorrência registrada pela mãe das crianças.
Ela contou que os dois filhos moram com ela, mas aos finais de semana, iam para a casa do pai. Aproximadamente três meses atrás, porém, o comportamento dos meninos começou a mudar, apresentando inclusive comportamento sexual. Ela então passou a indagá-los e ouviu do caçula que o pai fazia tais coisas com ele. O mais velho, porém, não o deixava contar o que ocorria nas visitas. Ao separá-los para uma conversa, a mãe conseguiu convencer o filho mais velho a contar sobre os abusos, justificando que esquecera que não podia falar sobre o que o pai fazia.
O delegado responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Enio Tassi determinou a oitiva das vítimas, com devido acompanhamento psicológico. Na ocasião, ambos confirmaram os abusos e descreveram as atitudes do pai. Ontem, 12/9, os dois meninos foram submetidos a exames, no entanto, os laudos ainda não ficaram prontos.

Números no Brasil
Somente nos quatro meses deste ano, o Disque 100 recebeu quase 5 mil denúncias sobre exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes em todo o Brasil, de acordo com o Ministério da Justiça e Cidadania. A grande maioria das vítimas são do sexo feminino. A distribuição etária é variada: 31% das denúncias indicam violência sexual contra adolescentes de 12 a 14 anos, 20% das denúncias se referem a adolescentes entre 15 e 17 anos, e outros 5,8% de crianças entre zero e três anos.
Entre os suspeitos os homens representam a maioria, 60%. Grande parte das denúncias indicam casos que aconteceram no ambiente familiar: em 12,7% os denunciados são a mãe, em 10,54% o pai, em 11,2% o padrasto e em 4,9% dos casos um tio da vítima. Das relações menos recorrentes entre o suspeito e a vítima são listados também professores, cuidadores, empregadores, líderes religiosos e outros graus de parentesco.

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