quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Pescadores protestam pela liberação da pesca do Dourado e do Surubi

Os pescadores profissionais de Uruguaiana realizaram na manhã de ontem, 10/2, uma manifestação frente à sede do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), protestando contra as regras impostas quanto ao tipo de material que pode ser usado para pesca no Rio Uruguai e a forma como pode ser usado, além da proibição da pesca do Dourado e do Surubi,segundo eles, peixes comuns nas águas de banham a região. “Só podemos colocar o espinhel de comprido no rio, o que não só não pega peixe, como enrola tudo. A gente perde o material e quando os peixes caem ali acabam morrendo da mesma forma”, diz Mari, secretária da Colônia Z9. Ainda conforme ela, a incidência de peixes Dourado e Surubi que não pegos em meio a outras espécies é grande. “As vezes a gente solta de volta e eles sobrevivem, mas na maioria das vezes eles morrem da mesma forma, ou já voltam para água mortos. E se nos pegarem com um peixe desses, somos multados em R$ 5 mil e nos cassam a carteira”, conta ela.
O protesto, com faixas e cartazes fez a primeira parada em frente à Câmara de Vereadores, onde os pescadores foram recebidos pelos parlamentares Ronnie Mello (PP), presidente da Casa. 
De acordo com a Associação de Pescadores Colônia Z 9, há cerca de 460 pescadores profissionais em Uruguaiana; homens e mulheres que sobrevivem exclusivamente do pescado. Cerca de 100 deles estavam na manifestação de ontem. Um grupo maior permaneceu na Rua Domingos de Almeida, em frente ao Ibama, com carros e barcos, enquanto alguns entraram no prédio, na tentativa de conversar com o responsável pelo órgão no município. Um segurança foi chamado para garantir a ordem, o que revoltou alguns pescadores. “Não somos marginais e não viemos aqui para machucar ninguém, nem depredar o patrimônio”, disse um dos manifestantes.
As 11h, depois de serem atendidos, mas não receberem nenhuma resposta positiva, os pescadores se deslocaram pela Rua General Câmara até a frente da Marinha do Brasil, onde continuaram o protesto.
Durante a estada dos pescadores na Rua Domingos de Almeida, o trânsito ficou difícil e chegou a congestionar, em razão dos barcos estacionados no local. A Brigada Militar acompanhou a movimentação e não houve incidentes.

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