quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Profissionais que não registrarem a entrada de pacientes vítimas de violência serão responsabilizados


Sempre que um paciente com ferimento à bala, à faca, ou de qualquer outra natureza, que indique violência, chega ao pronto socorro de um hospital, a instituição deve comunicar a polícia sobre o fato. Isso, no entanto, nem sempre acontece. Recentemente um homem foi esfaqueado no bairro Emílio Brandi enquanto saía de um baile no Clube da Cohab. M.G. foi atacado por seis homens e levou facadas na cabeça. Ele foi levado à Santa Casa de Caridade por um motorista de taxi e atendido no pronto socorro do hospital, por volta de 3h. No entanto, não houve comunicação, nem a Brigada Militar nem à Polícia Civil.
De acordo com o diretor da Santa Casa, Administrador Geovane Cravo, a acertado entre hospital e Polícia Civil, é de que haja o registro da entrada, com a especificação do ferimento, data e horário. “Mesmo quando o paciente é trazido ao hospital pela Brigada Militar, por exemplo, esse registro precisa ser feito e encaminhado também à Polícia Civil”, explica Cravo. Segundo ele, a medida foi tomada depois de várias reuniões com delegados de polícia. “Sempre que um paciente chega ao pronto socorro com indícios de que sofreu violência, as autoridades policiais são informadas; é feito um registro que é encaminhado à polícia e um registro interno, com a data e o nome do policial que atendeu”, diz ainda.
Sobre o caso de M.G., onde nem Polícia Civil, nem Brigada Militar foram avisadas, ele diz que será averiguado. “O que fizemos é responsabilizar o profissional. Se não houve o relato as autoridades policiais, médico e enfermeiros que atenderam esse paciente serão responsabilizados”, disse Cravo, frisando que não tinha conhecimento da situação antes a reportagem do Jornal CIDADE lhe questionar sobre o assunto. Ele irá apurar maiores detalhes sobre o que teria ocorrido naquela noite.

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