sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Homem acusado de matar Thiago Taffarel é condenado por homicídio privilegiado


O Tribunal do Júri de Uruguaiana julgou na terça-feira, 25/2, Jeferson Luzardo, conhecido como “Dudu”, de 31 anos, acusado de ter matado Thiago Taffarel Moraes Bilhalva, no dia dois de novembro de 2008, por volta de 4h30min, no Clube da Cohab I, próximo à escola Elisa Valls.
Thiago foi morto a facadas. Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, na ocasião, os dois estavam no clube com seus respectivos grupos,quando em determinado momento, Jeferson sacou um canivete e desferiu um golpe contrano peito da vítima e fugiu. Thiago foi socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu ao ferimento, que penetrou no coração. O motivo teria sido uma discussão por causa de R$ 10.
A Brigada Militar foi avisada sobre o fato e, através de informações chegou até Jeferson, com quem os policias militares apreenderam duas camisetas, uma adaga, uma faca e um canivete com vestígios de sangue – todos os objetos foram encaminhados à perícia.
Durante a instrução processual, Jeferson confessou ser o autor do golpe que matou Thiago Taffarel, mas alegou ter agido em legítima defesa. Ainda assim, ele foi pronunciado pelo juiz Ricardo Petry Andrade, em agosto de 2012. Em plenário, o promotor Rodrigo de Oliveira Vieira sustentou a condenação de Jeferson. Enquanto a defesa, realizada pelo advogado Ernani Nelsis pediu o reconhecimento do homicídio privilegiado, situação em que o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Nelsis alegou que Jeferson agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. Conforme o advogado, o rapaz chegou ao clube, acompanhado de dois amigos, às 2h30min e, dez minutos depois a vítima, que o confundiu com outra pessoa passou a lhe importunar, cobrando uma dívida de R$ 10. Thiago teria chegado ao extremo de agredir Jeferson, que chegou a ter dois dentes quebrados e acabou sacando o canivete e golpeando a vítima. Durante o julgamento, uma testemunha – amigo da vítima – relatou que deu o valor cobrado de Jeferson a um garçom, para que lhes trouxesse uma cerveja; no entanto, o homem não retornou mais e, Thiago acabou por confundi-lo com o acusado.
O Corpo de Jurados reconheceu a versão apresentada pela defesa e condenou Jeferson por homicídio privilegiado. O magistrado Ricardo Petry Andrade fixou a pena em sete anos e seis meses de reclusão em regime inicial semiaberto. No entanto, Jeferson poderá recorrer em liberdade.

0 comentários: