A Secretaria de Indústria e Comércio de Uruguaiana fiscalizará os supermercados a partir de segunda-feira no que diz respeito ao uso de sacolas plásticas.
Segundo o secretário Jorge Prestes Lopes, a tradicional sacola plástica deverá ser substituída por um material que não agrida o meio ambiente. “A sacola plástica só será permitida se produzida com material menos agressivo. O empresário terá que comprovar que o produto utilizado não é corrosivo”.
Para o minimercados, o prazo para adequação inspira dia 31, com o início imediato da fiscalização. Posteriormente, todos os demais segmentos do comércio serão fiscalizados.
Jorge explica que o uso de sacolas plásticas com o atual formato de composição vai gerar autuação e multa ao comerciante. Segundo Jorge, o material sugerido pela Prefeitura Municipal se decompõe em menos tempo ao atualmente utilizado.
O saquinho plástico é um derivado do petróleo, substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD) e sua degradação no ambiente pode levar séculos, ou seja, seu tataraneto pode no futuro se deparar com o saquinho que você jogou fora hoje. No Brasil aproximadamente 9,7% de todo o lixo é composto por saquinhos plásticos, além disso a produção do plástico é ambientalmente nociva. Para produzir uma toneada de plástico são necessários 1.140 kw/hora (esta energia daria para manter aproximadamente 7600 residências iluminadas com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os dejetos resultantes.
Há um outro grande problema: a poluição dos mares por este tipo de lixo. Saquinhos plásticos no mar são confundidos por peixes e, principalmente, pelas tartarugas marinhas como águas vivas, um de seus alimentos. Assim ao ingerir o saquinhos as tartarugas morrem por obstrução do aparelho digestivo. Se você tiver oportunidade de um dia visitar o Projeto Tamar, verá que lá estão expostos vários cadáveres de tartarugas que morreram desta forma. Os saquinhos também são uma das causas do entupimento da passagem de água em bueiros e córregos, contribuindo para as inundações e retenção de mais lixo. Quando incinerado libera toxinas perigosas para a saúde.
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