O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul cresceu 5,8% em 2013 e superou em quase três vezes o desempenho do Brasil, que registrou alta de 2,3%. O percentual é o maior desde 1996, quando começou a ser realizado o comparativo do PIB estadual com a média nacional. No cenário mundial, o PIB do RS, isolado, só perderia para o da China. No último trimestre de 2013, o crescimento do Estado foi de 3,4%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). “Os números mostram que o Rio Grande do Sul volta a crescer em um patamar que representa uma retomada tanto da indústria quanto do setor primário. Revelam a confiança do Governo do Estado nas estratégias que tem desenvolvido para o setor empreendedor gaúcho, em linha com o Governo Federal. Portanto, temos que apostar na produção, na ampliação da oferta de crédito e nas políticas públicas que qualifiquem a pesquisa e a inovação e enfrentem o problema da seca, pois o RS ainda tem muito ainda produzir e a dar bons exemplos”, afirmou o secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta.
A marca histórica do PIB gaúcho representa o montante de R$ 310, 508 bilhões e uma participação de 6,42% no PIB nacional. Atrás do RS, vem o Paraná, com 5%, seguido de Ceará (3,4%) e Bahia (3%). Entre os Estados com grandes produções, São Paulo apresentou crescimento de 1,7% e Minas Gerais, 0,6%. Segundo a FEE, porém, os números de outros Estados ainda estão em fase de análise, mas não devem ultrapassar o índice do Rio Grande do Sul. Entre os fatores que explicam os números positivos estão, além da boa safra gaúcha, os estímulos ao consumo e a baixa taxa de desemprego (6,4%) da Região Metropolitana de Porto Alegre, que é a menor entre as regiões metropolitanas brasileiras.
Produção industrial cresceu 6,8%
O crescimento do PIB é resultado dos índices de crescimento da produção (6%), impostos (4,3%) e indústria (2,9%). Somente o setor de agropecuária registrou alta de 39,7% em 2013. Todos os índices apresentam resultados superiores à média nacional, incluindo serviços (3,2%), indústria de transformação (3,6%) e construção civil (2,0%). Na agroindústria, os produtos com maiores índices são soja (114,6%), trigo (79,6%) e milho (69,6%).
A produção industrial, em geral, subiu 6,8% no ano passado. “Destacamos a alta do setor agropecuário e industrial, se observando aqui vários setores com crescimento e sem ligação com a agroindústria, o que mostra que o Estado vem modernizando os setores produtivos”, explicou o presidente da FEE, Adalmir Marquetti. Entre as atividades industriais, os melhores desempenhos foram do setor de refino de petróleo e álcool (35,2%), veículos automotores (17,2%), borracha e plástico (9,8%); máquinas e equipamentos (9,4%) e bebidas (9,2%).
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