A vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer de colo do útero, passará a ser disponibilizada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Neste ano, serão vacinadas meninas entre os 11 e 13 anos, que no Rio Grande do Sul representam cerca de 258 mil jovens. A Secretaria Estadual da Saúde (SES), o Ministério da Saúde e os municípios estão se articulando para, entre os dias 10 de março e 10 de abril, oferecer a vacina em todas as escolas.
Para receber a imunização, basta apresentar o cartão de vacinação, caderneta do adolescente ou documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar o esquema vacinal, sendo a segunda dose seis meses depois e a terceira, cinco anos após a primeira. Na vacinação em escolas, caso os pais ou responsáveis não concordem com a vacinação da adolescente, eles devem assinar o “Termo de Recusa de Vacinação contra HPV”, distribuído pelas escolas antes da vacinação.
Para campanha, serão agendadas com antecedência datas específicas quando a vacinação ocorrerá em cada escola. Em 2015, a campanha passa a ser para as adolescentes de 9 a 11 anos e em 2016 somente às meninas de 9 anos.
O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero - segunda maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres no país. Pelo menos 12 tipos de HPV são considerados oncogênicos, ou seja, que podem ocasionar tumor canceroso. Dentre as variantes de alto risco, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. A vacina a ser oferecida pelo SUS é contra estes dois tipos e outras duas formas do HPV que resultam em lesões genitais.
Sua transmissão se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente via sexual. Como muitas pessoas portadoras do HPV não apresentam nenhum sinal ou sintoma, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo. A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus.
Na prevenção ao câncer de colo de útero, contudo, a vacinação não substitui o exame papanicolau, que ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero. Ele deve ser realizado com um intervalo de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual. Quando as lesões são diagnosticadas preventivamente que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O câncer de colo do útero é um dos mais fáceis de serem prevenidos, por isso é tão importante fazer o exame regularmente.
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