
Assim foi ALCEU WAMOSY, um poeta que abraçou o simbolismo como corrente lírica, um idealista que labutou como jornalista, um soldado republicano, que morreu muito jovem.

E foi então, durante um forte combate na revolução, comandada por Batista Lusardo, efetuado na Região de Pelotas, em 3 de setembro de 1923, denominado “Combate de Ponche Verde”, que Wamosy veio tombar ferido de morte, sendo transferido para ao Hospital de Sangue da Cruz Vermelha de Santana do Livramento. Houve controvérsia quanto ao seu ferimento, porém, baseado em um dos maiores biógrafos de Wamosy, o escritor Rodrigues Till, ele não foi ferido pela ponta de uma lança que lhe atravessou o peito, como apregoaram, mas sim, atingido por uma bala que penetrou sua clavícula direita, transpassando o pulmão esquerdo e saindo pelas costas. Isto tudo, conforme atestado médico, e quando veio a falecer, em 13 de setembro daquele ano, em seu atestado de óbito, constou o seguinte: “Colapso cardíaco, consecutivo a pericardite com derrame”.
Ainda, antes de seu falecimento, casou-se com a enfermeira MARIA ANTONIETA BELLAGUARDA, no dia 8 de setembro.
Decorrido longos anos, no Governo do Prefeito Municipal IRIS VALLS, em 1953, foram solicitados os restos mortais desse valoroso poeta-soldado, ao governo da cidade de Livramento. Naquela época, houve muita polêmica nessa cidade, a respeito do assunto, políticos mais ferrenhos foram contrários à transladação de seus restos mortais daquela cidade.
O Jornal “Diário de Notícias” de Porto Alegre, em sua edição de 10 de novembro de 1953, chegou a publicar que o jornalista Ivo Caggiani, notificara ao Prefeito de Uruguaiana, o furto da urna contendo os restos mortais de Wamosy, do cemitério local.
No dia 20 de novembro daquele mesmo ano, assim comentou Ivo Caggiani, uma comissão de Uruguaiana, composta pelo professor ELPÍDIO DE MORAES GOMES, Secretário Municipal e o Vereador RAMÃO PRUNES DE OLIVEIRA, em ato realizado na Praça Gen Osório de Livramento, receberam a urna com os restos de Alceu Wamosy, das mãos do próprio jornalista e escritor Ivo Caggiani.
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Maria Antonieta Bellaguarda |
Sendo assim, salvo melhor juízo, supomos que os restos mortais desse poeta, devem estar descansando para a perenidade da história, na erma existente em nossa Praça Barão do Rio Branco. O busto de Wamosy foi feito pelo escultor uruguaianense ADEMAR ROSSINI, com apoio e iniciativa dos poetas ARGEU VEIGA e HERMENILDO CAVALHEIRO, que fizeram grande campanha na cidade, tendo sido fundido na cidade de Caxias do Sul, pela empresa Abramo Eberli.
Sua memória, além de várias obras literárias publicadas pelo seu biógrafo Rodrigues Till, encontra-se na perenidade do tempo em nossa cidade, em uma Rua (Lei nº 1649/82) e numa Escola, localizada em João Arregui. Este educandário, em 1943, surgiu com o nome de “Colônia da Rosas” para, em 1945 ser chamada por “Alceu Wamosy”.
Em outras cidades podemos encontrar: Em Porto Alegre, Livramento, São Leopoldo, Canoas, Caxias do Sul, Gravataí e Pelotas, e em São Paulo encontramos nas cidades de Americana e Mauá. Todas com seu nome de Ruas. No Rio de Janeiro, um de seus livros é lembrado na “Rua Coroa de Sonhos”.
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(Wamosy (assinalado no círculo) – na Revolução de 23) |
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