Aconteceu nesta sexta-feira, 21/2, no quartel general da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, a formatura militar em comemoração ao seu 93ª aniversário, e ao 69º aniversário da tomada de Monte Castelo pela Força Expedicionária Brasileira na Itália.
A cerimônia foi presidida pelo atual comandante, general de brigada Carlos Jorge Jorge da Costa, e contou com a presença do prefeito municipal, Luiz Augusto Schneider, do juiz Guilherme Beltrami, do ex-comandante general José Alberto Leal, além de diversas autoridades civis e militares, e convidados.
Após a leitura do Boletim
Foram agraciados com o diploma de “Amigo da Brigada Charrua” o prefeito Schneider, e os delegados da Receita e Polícia Federal em Uruguaiana, Jorge Luiz Hergessel e André Luiz Martins Epifânio.
A Brigada Charrua
A 2ª Divisão de Cavalaria, antecessora imediata da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, foi criada em 21 de fevereiro de 1921, e participou dos mais importantes eventos traduzidos pelos movimentos revolucionários que conturbaram o país, particularmente durante as décadas de 20 e 30. Em 1940, estabeleceu-se definitivamente em Uruguaiana, inicialmente nas instalações do 8º Regimento de Cavalaria Independente, hoje 8º Regimento de Cavalaria Mecanizada, em seguida do Centro Cultural Dr. Pedro Marini, onde permaneceu por 34 anos, e finalmente, em 1977, as atuais instalações, antes pertencentes ao Grupamento de Fuzileiros Navais de Uruguaiana.
Foi em 1971 que recebeu a designação de Brigada de Cavalaria Mecanizada, e em 1993, a designação história de “Brigada Charrua”, uma vez que sua área de responsabilidade está na região onde viveram e combateram esses lendários índios cavaleiros.
O historiador Carlos Fonttes reporta documentos ministeriais de 1908 que indicam paradas da 2ª Divisão de Cavalaria em Rosário do Sul e Alegrete.
Monte Castello
A Força Expedicionária Brasileira (FEB) protagonizou uma das maiores conquistas da 2ª Guerra Mundial: a Tomada de Monte Castelo, elevação de grande importância tática e que permitiu o avanço das tropas aliadas em direção à Alemanha. A batalha foi um marco para a Campanha da FEB na Itália. A rotina desses heróis vinha marcada por combates extenuantes e adversidades causadas pelo rigoroso inverno europeu, seu maior inimigo. Mais que as intempéries, o terreno lamacento e escarpado impedia a utilização de meios blindados, e a batalha acabou se restringindo a ações da Infantaria, com o intenso apoio de fogo da Artilharia, fatos que tornaram memorável o feito dos Pracinhas que, em inferioridade numérica e tecnológica, fizeram frente à agressão de uma grande potencia militar da época.
Monte Castelo foi mais que uma grande batalha vencida, pois representa, ainda hoje, a força, a garra e a coragem do povo brasileiro, na construção de paradigmas para toda a humanidade.
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