segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Apenado é preso assaltando quando devia estar trabalhando


 A papelaria Risque e Rabisque, localizada na Rua Dr. Maia nas proximidades da Praça Argentina, foi assaltada por volta de 12h de ontem, 21/2. No momento do crime, a papelaria estava sendo fechada e a proprietária aguardava apenas a saída de dois clientes. O autor é Higor Alfeu Ferreira Fernandes, de 24 anos, conhecido como “Cabeludo”. Atualmente, ele cumpre pena por roubo em regime semiaberto e trabalha em uma empresa de bicicletas na Vila Promorar. 

Ele entrou no local, armado com um revólver calibre 38 e usando um capacete. Assim que anunciou o assalto, ele tomou o controle do alarme da proprietária da papelaria e a empurrou, derrubando-a. Quando ele foi assaltar os clientes, a proprietária conseguiu sair do estabelecimento e pedir socorro. Neste momento, uma viatura da Brigada Militar esperava o semáforo da esquina das ruas Dr. Maia e General Câmara abrir e atendeu a ocorrência, chegando rapidamente ao local. Os policiais entraram pela lateral da loja e conseguiram render Cabeludo ainda lá dentro.
Ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde foi lavrado o flagrante por roubo a mão armada. Com ele, os policiais apreenderam R$ 219 roubados do caixa da papelaria, um relógio de pulso e um anel, pertencentes a uma cliente e o controle da loja, além da arma, com numeração raspada e municiada com seis cartuchos.
O capitão Rinaldo Castro, que responde pelo comando do 1º Batalhão de Policiamento de Área de Fronteira (BPAF) ressaltou o fato de que Higor cumpre pena em regime semiaberto e deveria estar no trabalho no momento do crime, já que o crime ocorreu pouco antes das 12h e o local de trabalho do apenado fica extremamente distante do local do crime.
Conforme o chefe de segurança do Instituto Penal, Carlos Roberto Lemos de Souza, o patrão de Higor, não avisou sobre uma possível ausência ou liberação do apenado antes do término do expediente. Segundo ele, J.C.S.R., o patrão, não poderá mais empregar apenados. Ele destaca a importância dos empregadores cumprirem o termo de responsabilidade que assinam quando empregam um detento. “O empregador assina um termo e se responsabiliza por aquele apenado. Todas as exigências estão neste termo; entre elas a obrigação de avisar sobre atrasos, saída mais cedo, ausência e demais situações envolvendo o apenado”, explica. Há uma fiscalização da Susepe aos locais que empregam apenados, no entanto, o efetivo é pequeno, dificultando as fiscalizações e aumentando a necessidade de cumprimento por parte dos empregadores.

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