terça-feira, 19 de novembro de 2013

Presos de Uruguaiana agiam a mando do PCC


A Polícia Civil, através do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos – GIE, com apoio da Susepe e Brigada Militar, deflagrou uma operação interestadual, na quinta-feira (14.11), denominada Operação Pirâmide, que visa evitar o estabelecimento no Rio Grande do Sul de uma organização criminosa, de caráter nacional, que age dentro e fora de presídios, atuando principalmente no crime de tráfico de drogas e roubos. Durante as investigações, que duraram 11 meses, foram presas 14 pessoas e foi apreendido aproximadamente 1kg de crack em São Leopoldo, cerca de 2kg de cocaína em Carazinho e cerca de 634kg de maconha em Mato Grosso do Sul.
Durante a operação realizada na quinta, foram presas 26 pessoas, e foram apreendidos celulares, drogas, dinheiro, veículos e várias anotações de contabilidade referentes a integrantes da organização criminosa. Também foram apurados vários outros delitos durante a investigação, como homicídios (dentro de um presídio no interior do Estado) e roubos (no Estado e fora). Na ação de hoje foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sendo nove em presídios no Rio Grande do Sul, um em presídio no Mato Grosso do Sul e um em presídio de Pernambuco. O restante dos mandados foi cumprido em residências em várias cidades do Estado.
Além disso, 23 mandados de prisão temporária também foram cumpridos. Os municípios envolvidos na Operação Pirâmide são: Porto Alegre, Passo Fundo, Uruguaiana, Ijuí, Santa Maria, Carazinho, Charqueadas, Guaíba, São Luiz Gonzaga, Torres, Alvorada, Erechim, Dourados (MS) e Petrolina (PE). Participaram da operação cerca de 300 policiais civis do RS, 15 policiais civis de Pernambuco, 15 policiais de Mato Grosso do Sul, 194 policiais militares e 170 agentes da Susepe.
Segundo a Polícia Civil de Uruguaiana, três mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos, sendo dois deles no interior da Penitenciária Modulada. Os apenados, Carlos e Neimar, trocavam informações com os membros do Primeiro Comando da Capital e a mando da organização continuavam a agir mesmo que de dentro da cadeia. 70% dos lucros obtidos com roubos e tráfico de drogas era repassado ao PCC que em troca garantia segurança aos bandidos, através do repasse de informações e equipamentos. Carlos está “guardado” há 14 anos por latrocínio. O outro estava preso por furto e roubo. Através de escutas telefônicas a Polícia Gaúcha apurou que um dos presos de Uruguaiana chegou a comandar crimes cometidos no Rio de Janeiro.
O terceiro mandado cumprido não obteve sucesso. O sujeito continua foragido, mas na sua casa a Polícia encontrou drogas e anotações de conversas entre ele e o Primeiro Comando da Capital. Da mesma forma, a PC apreendeu drogas, celulares e anotações numa das alas da Penitenciária de Uruguaiana. A Polícia continua as buscas ao foragido.

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