segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Presos tentam fugir disfarçados de visitas


Gabriela Barcellos

Dois detentos que cumprem pena na Penitenciária Modulada Estadual de Uruguaiana (PMEU) tentaram fugir na tarde de quinta-feira, 28/7, por volta de 17h. Ruan Rodrigues Gomes, o “Capitão” e Valdemir Machado de Mello, conhecido como “Minhoca” pretendiam sair da casa “disfarçados” de visitantes, mas foram impedidos pelo diretor da Penitenciária, agente Sandro Borlina.
Era tarde de visita aos detentos do Módulo V2, mas como não receberam visitas naquela tarde os dois estavam no banho de sol, no pátio do módulo V2. Próximo ao final do horário de visita, ‘Minhoca’ escalou a parede até o telhado, passou por baixo da cerca elétrica, que não soou o alarme, e sobre o telhado, passou para a frente do módulo, localizado no final do pátio. Com uma bíblia na mão, ele passou na frente dos outros dois módulos, de cabeça baixa, fazendo-se passar por um visitante que deixava a Penitenciária. Depois de passar pela frente do prédio da Administração em direção à sala de visitas, por onde pretendia deixar o interior da casa prisional, ‘pela porta da frente’. Como a sala estava fechada, ‘Minhoca’ pulou a cerca recentemente implantada em torno do prédio a fim de impediu ingresso de material ilícito para a casa. Nesse momento, chamou a atenção de uma agente, chefe da sala de revistas que, apesar de ainda acreditar tratar-se de uma visita, informou o Diretor, que correu até o local, conseguindo deter o preso ainda no pátio da cadeia e com uma perna machucada em razão da queda que sofrera. Depois de render o detento e dar o alerta de fuga, Borlina o encaminhou à enfermaria da cadeia, onde foi constatada uma fratura na perna.
Já o outro preso, ‘Capitão’, chegou a subir no telhado, mas não teve coragem de descer e estava voltando, por conta própria, para o pátio.
Conhecido como ‘Minhoca’ ou ‘Bicudo’, Valdemir tem várias passagens pela polícia e foi condenado por homicídio e ocultação de cadáver. Ele é o executor de um peão de estância morto a mando da patroa, a empresária Giselda Rolim, também condenada pelo crime. Ele também é acusado de outro crime de homicídio, uma tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo, assalto e furto em residência. Já “Capitão” tem antecedentes por roubo a estabelecimento comercial, receptação, porte ilegal de arma de fogo, furto qualificado, apreensão de objeto e posse de entorpecente.

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