segunda-feira, 18 de julho de 2016

Preço mínimo do arroz tem alta de 17,86% para esta safra


Nestor Tipa Junior

O Ministério da Agricultura publicou portaria de número 123 com reajustes dos preços mínimos das culturas de verão que fazem parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a safra 2016/2017. Na cultura do arroz, o valor subiu 17,86% para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para o longo fino em casca, o preço passou dos R$ 29,67 para R$ 34,97 a saca de 50 quilos.
A alteração do preço mínimo para o arroz foi considerada um bom indicativo para a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), que atuou em conjunto com outras entidades como o Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) para obter este reajuste de forma a acusar também os altos custos de produção. “Esta foi uma das maiores valorizações das culturas neste ano e uma das maiores valorizações históricas do preço mínimo do arroz”, analisa o presidente da entidade, Henrique Dornelles.
O dirigente reconheceu o trabalho da nova gestão do Ministério da Agricultura, comandada pelo ministro Blairo Maggi, pelo secretário de Política Agrícola, Neri Geller, e a experiente e competente equipe técnica da pasta, em agir de forma proativa na busca de soluções para o setor arrozeiro brasileiro, especialmente gaúcho. “A orizicultura gaúcha, tem muito a reconhecer e agradecer o empenho do Ministério que, com pouquíssimos dias de trabalho, avançou de forma extraordinária com a resolução da renegociação das dívidas, mostrando determinação em buscar o que era o possível de fazer neste momento”, ressalta.
O presidente da Federarroz informa que entre os novos passos de negociação está um novo sistema de financiamento para os produtores que tem problemas de garantias e não estão tendo acesso ao crédito rural. O Ministério da Agricultura deverá lançar essa nova linha de crédito tendo a contribuição das indústrias beneficiadoras de arroz que garantirão a operação através do faturamento do produto colhido, para que estes produtores alijados do crédito oficial possam acessar juros oficiais, bem mais baixos do que estão sendo pagos no mercado. Com isso, poderão vender o arroz em várias parcelas, de março a outubro, dando tranquilidade ao mercado a e tendo a possibilidade de realizar de lucro.
Outra medida que deve ser anunciada em breve, de acordo com Dornelles, será o da renegociação da dívidas dos produtores de soja atingidos pelos problemas com o clima no Rio Grande do Sul. A ideia é seguir os mesmos moldes da portaria que deu a oportunidade de negociação para os arrozeiros. “É outra medida importante para os arrozeiros, pois muitos também são sojicultores e serão contemplados”, observa.
Segundo o presidente da Federarroz, o depoimento de quem frequenta o Ministério da Agricultura é de que a equipe do ministro Blairo Maggi é extremamente capacitada, receptiva e focada à agricultura e pecuária. Há a clara percepção que o novo dirigente, pessoa extremamente agradável e simples, possui objetivo de imprimir esse mesmo perfil aos demais servidores. “Costuma almoçar com sua equipe no restaurante do Ministério, juntamente com os demais servidores da pasta, sem protocolos ou reservas, acessando a fila como qualquer outra pessoa”, salienta.

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