Quebra de acordo causa constrangimento na administração da Barra do Quaraí

A eleição da Mesa Diretora da Barra do Quaraí foi marcada por uma surpresa amarga para o Executivo municipal. A chapa integrada pelos vereadores da base de governo, formada por PSB e PT, foi derrotada pela chapa concorrente, formada por PTB e DEM, com votos de dois dos seis vereadores petistas, inclusive um que integrava a chapa concorrente.

De acordo com o vice-prefeito, Danilo Rodrigues (PT), os dois parlamentares, Carlos Alberto, o ‘Canjiquinha’ e Luis Fernando Alonso, foram contra a posição do partido e, “apesar de estar tudo acertado, inclusive com um deles concorrendo na chapa, os dois acabaram contrariando o partido e votando na chapa concorrente”.

De acordo com o prefeito, Iad Sholi, havia um acordo firmado na Casa Legislativa de que o PT ficaria com a presidência da Câmara por três anos e, no quarto ano do mandato, o PSB presidiria a Casa. “Esse acordo não foi cumprido neste ano”, disse ele.

De acordo com os dois políticos, uma reunião definirá o futuro do PT na administração municipal. “Ainda não nos reunimos para saber quais serão as providencias a serem tomadas, mas isso irá ocorrer de forma imediata”, diz Rodrigues. “Somente após essa reunião teremos como dizer como ficará a situação e a posição do PT”, completa Sholi.

Para os dois, o motivo da mudança de posicionamento dos dois parlamentares não está clara. “Só podemos dizer que são interesses pessoais, diferentes do interesse do Partido”, diz Danilo Rodrigues. Sobre uma suposta demissão de cargos de confiança do Executivo, ligados aos dois vereadores, tanto o Prefeito quanto o Vice dizem que não foram cortes pontuais. “Estamos um pouco acima do limite da folha de pagamento, que é de 52% do orçamento, razão pela qual foi necessário cortar horas extras e até reduzir os CCs, porém, não foram dispensados somente pessoas ligadas aos vereadores”, explica Danilo. 

Conforme Iad Sholi, os nomes demitidos foram indicados pelos próprios secretários municipais, em reunião com o Chefe do Executivo. “Todas as secretarias tiveram cortes. Nos reunimos com seus titulares e eles nos indicaram quem poderiam por à disposição. Foi o que ocorreu, visando reduzir os gastos com pessoal”, conclui Sholi.