A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso de aborto ocorrido na semana passada em Uruguaiana. Conforme a denúncia, a mulher chegou ao hospital ainda com a criança no ventre, porém já sem vida devido a utilização de remédios abortivos adquiridos em Paso de Los Libres.
Conforme o delegado Vilmar Schaefer, a Polícia solicitou à Santa Casa de Caridade os documentos de internação e o prontuário da paciente que, conforme denúncia, estava com oito meses de gestação. Também é investigada a participação no crime, do médico que a atendeu.
Segundo o delegado, a Polícia Civil de Uruguaiana contará com a ajuda de um setor especializado na identificação deste tipo de crime existente no Instituto Geral de Perícias do Estado.
No ano passado, 205 mil mulheres foram internadas na rede pública por complicações decorrentes do fim de uma gestação. Um estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) estima o total aproximado de até 865 mil procedimentos ilegais em 2013 no país.
Um mapa de 2014 sobre o tema, elaborado pelo Centro de Direitos Reprodutivos (Center for Reproductive Rights), mostra que o Brasil faz parte dos 66 países (25,5% da população mundial) que têm as leis mais rígidas em relação ao aborto e só permitem a prática para salvar a vida da mulher. A maior parte dessas nações fica na Ásia e na América do Sul. Já a fatia onde o aborto é legalizado soma 61 países, 39,5% da população mundial, incluindo boa parte da Europa, os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália, entre outros.
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