Ocorreu no teatro municipal de nossa cidade, no ultimo dia 14 de novembro, uma justa e merecida homenagem a uma das maiores expressões artísticas de nosso estado: show tributo a Ubirajara Raffo Constant “Eternamente Mocito”. O “Biratucho”, como era carinhosamente tratado por seus amigos, não foi somente um fabuloso poeta, mas também um talentosíssimo pintor e artista plástico, inclusive, sendo o aluno mais ilustre de Vasco Prado. Suas obras vão desde o troféu de um centauro em bronze criado em homenagem ao Dr. Roberto Bastos Tellechea, oferecido ao campeão do freio de ouro, passando pelo troféu Cesar Passarinho, agraciando o melhor intérprete da Califórnia, até um painel em bronze retratando a evolução da criação ovina de nossa cidade, que ornamenta a antiga sede da Cooperativa de Lãs. Além de escultor, também foi exímio pintor e xilo gravurista, sendo que algumas de suas obras da coleção “Cartas do Baralho” também estavam expostas no foyer do teatro no dia da referida homenagem, graciosamente cedidas por familiares e amigos colecionadores. Nesse dia estavam no palco amigos, parceiros, família e admiradores que, emocionadamente, interpretaram poemas e canções do “Biratucho”. E ele estava lá! Bem na frente da plateia. Com sua boina basca, seu livro e seu poncho... sentadito em sua cadeira. Ele fazia questão de estar sempre rodeado de novos amigos e amigos novos. A juventude era uma constante na sua vida, daí o título do show “Eternamente Mocito”. E sempre incentivando para que surgissem novos talentos: “a ceiva nova que vem de atrás”, dizia ele. Falar do Bira é uma das tarefas mais honrosas e difíceis que me passaram. Por isso prefiro transferir essa “obrigação” para uma forma que por si só se define e que foi belamente registrada pelas lentes poéticas de Elder Filho. Porque uma imagem vale mais do que mil lágrimas...
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