quinta-feira, 7 de abril de 2011
Poder...
Nem sempre o que é justo pode ser considerado o correto. É justo, por exemplo, que qualquer rede de televisão queira fazer as transmissões dos jogos do campeonato Brasileiro. Por várias razões. Audiência, dinheiro, prestígio, e claro... Poder. Faz horas que se discute sobre o “quilombo” que é a transmissão desses jogos pelas redes de televisão aberta no País. Antes, quando a briga se restringia somente aos canais de relacionamento dos dirigentes de clubes com as respectivas federações, uma delas exercia com mão de ferro o poder da sua abrangência em todo o Brasil. Atualmente, com mais canais de TV aberta com o mesmo poder de fogo, e com dinheiro suficiente para cobrir todo o território nacional em suas transmissões, a “guerrinha” entre elas tomou outras proporções. De onde se conclui, rapidamente, a mina de ouro que são essas transmissões. Sim porque os patrocinadores pagam qualquer preço para estar junto na “maior diversão” do povo brasileiro que é o futebol. Se, no entanto é justo, não é correta a forma como esse imbróglio pode terminar. Noticia-se que as tabelas dos Campeonatos Brasileiros que irá de 2012 até 2015 (prazo da licitação aberta) serão feitas sem a opinião dos clubes participantes dos torneios. Procurando a informação correta, e de acordo com o Blog do Juca Kfouri, somente CBF e Globo terão o poder de elaborar o calendário da competição, bem como, fazer as alterações que julgarem pertinentes. Esta é a primeira vez na qual a emissora de tevê reconhece tal participação em contrato. “A CBF se compromete a elaborar a tabela do campeonato em cada uma das temporadas, de comum acordo com a cessionária [a TV Globo], buscando viabilizar o pleno exercício dos direitos neste instrumento adquiridos. A tabela deverá ser elaborada de forma a permitir que no mesmo dia e horário sejam realizados, no mínimo, partidas do interesse de São Paulo e Rio de Janeiro, ou seja, com participação de clubes dessas cidades, fora dessas praças, que viabilizem a transmissão dessas partidas para ambas as cidades”, afirma a 4ª cláusula do novo contrato de TV aberta. “Uma vez publicada a tabela acordada entre as partes, modificações somente poderão ser feitas com a prévia e expressa anuência da cessionária”. Ora, dá prá acreditar? Dá sim. Como se pode observar essa liberdade dada a rede de TV aberta identificada pelo renomado jornalista, e segundo ele, já aconteciam na prática. Era só a empresa de televisão pedir e a CBF fazia. Basta ver que o horário dos jogos é sempre depois das 21hs e 30m. (Depois das novelas...) è correto? Não, não é... Mas ainda vai correr muita água embaixo dessa ponte.
Postado por
Jornal CIDADE
às
21:49:00
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