O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, destaca que a paralisação nacional dos médicos credenciados aos planos e seguros de saúde, marcada para hoje - 7 de abril (Dia Mundial da Saúde), será uma grande oportunidade para denunciar a exploração destas empresas, que lucram cada vez mais com a ampliação do número de usuários e se recusam a melhor remunerar os profissionais.
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que, entre 2003 e 2009, os planos aumentaram em 129% suas receitas, enquanto o valor médio da consulta subiu apenas 44%. Este ano o segmento das operadoras projeta faturar R$ 70 bilhões quantia superior ao orçamento federal para a área da Saúde (R$ 62 bilhões). São 1.060 empresas e cerca de 46 milhões de usuários (número que cresceu mais de 44% entre 2000 e 2010).
No Estado, o dirigente orienta que as manifestações se desenvolvam de acordo com o perfil do atendimento prestado. “Poderá ocorrer desde o diálogo com os pacientes para explicar as condições de preços e tratamento dispensado pelos planos aos profissionais a até mesmo paralisações. As duas atitudes terão nosso apoio irrestrito”, reforça Argollo. Resolução da ANS, de 2004, prevendo que a definição de reajuste e periodicidade deva constar em contrato, vem sendo desrespeitada, apesar da pressão das entidades da categoria.
Mais protestos
O Dia Mundial da Saúde também terá manifestações dos segmentos médicos ligados ao Sistema Único de Saúde. Na Capital, o SIMERS integra o Fórum de Entidades em Defesa do SUS, que marcou um ato na Esquina Democrática, das 9h às 14h. A partir das 19h, seminário no Hospital de Clínicas ampliará o debate sobre fundações e medidas que estão levando à privatização da saúde pública. A vice-presidente do Sindicato, Maria Rita de Assis Brasil, será uma das painelistas.
0 comentários:
Postar um comentário