Foi ao pedir para o médico refazer a mamografia que a dona de casa Hadelly Carneiro dos Santos, moradora da região de Pedra Preta, interior de Mato Grosso, descobriu que estava com câncer de mama. “Já tinha sentido um carocinho no autoexame e quando fui fazer a mamografia percebi que ele ficou de fora, pois estava bem na parte de cima do seio. Foi aí que o médico fez o exame de novo, pediu a biópsia e confirmou que era câncer”, detalha ela.
Assim como aconteceu com dona Hadelly, é por meio do autoexame que muitas mulheres descobrem alterações nos seios. No entanto, apesar de sua importância e de ser bastante estimulado pelos profissionais de saúde, o método ainda não faz parte dos hábitos da maioria das mulheres.
“É o diagnóstico precoce que aumenta as chances de cura do câncer de mama, pois infelizmente não existe prevenção. Claro que evitar o tabagismo, as bebidas alcoólicas e o sedentarismo, ajuda a manter a saúde, mas o diagnóstico precoce é fundamental”, esclarece o mastologista do Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCanMT), Luciano Florisbelo.
A orientação do especialista é que as mulheres mantenham uma rotina de cuidados. “Além do autoexame todos os meses, é importante fazer os exames de rotina, como o exame clínico com especialista, a mamografia anual, no caso das mulheres com mais de 40 anos e a ultrassonografia de mama após os 20 anos”, explica o médico.
Para ser completo, o autoexame deve ser feito em duas etapas: estática e dinâmica. A primeira para observação e a segunda para a apalpação.
“Conhecer as mamas faz toda a diferença, pois além de nódulos buscamos alterações na pele e no formato. Por isso devemos começar observando as mamas em várias posições, com os braços para baixo, levantados, com uma das mãos nas costas, com as mãos na cintura, inclinando o corpo. Já na hora de apalpar temos que começar nas axilas e ir percorrendo as mamas em círculos, da parte externa até os mamilos. Depois, o movimento deve ser feito em linha reta, de dentro para fora e de fora para dentro, como o desenho do raio do aro de uma bicicleta”, explica a enfermeira do HCanMT Luciana Portes.
Caso a mulher detecte algum nódulo durante o autoexame, Florisbelo destaca que é necessário procurar um médico, mas não é preciso se assustar. “Cerca de 80% dos nódulos são benignos”, tranquiliza.
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