segunda-feira, 8 de setembro de 2014

MPF investiga Rádio Imbaha por crime eleitoral

O secretário de Governo, Fernando Alves, denunciou a Rádio Líder FM ao Ministério Público Federal por transmitir entrevistas do ex-procurador do município, advogado Caciano Sgorla, que, segundo ele, configuram propaganda política irregular. No documento o Secretário ressalta o impedimento da legislação eleitoral “aos tradicionais monólogos radiofônicos do ex-prefeito José Francisco Sanchotene Felice”, e diz que para que a “‘cantilena política” do mesmo continuasse a ser veiculada, a emissora passou a entrevistar o advogado pessoal de Sanchotene e funcionário do gabinete da deputada Elisabete Felice, sua esposa.
Fernando cita a “entrevista” de Caciano no dia 1/9, quando fala sobre a constituição de comissão para levantamento da dívida do município, onde o advogado disse: “vejo como uma grande injustiça que foi praticada ao nosso, ao meu líder político, ao nosso ex-prefeito, que trabalhou incansavelmente pra Uruguaiana, aliás, segue trabalhando, quando diz que ele deixou o município endividado”. “Atesto que não estão condizendo com a verdade e eu estou aqui também pra fazer a defesa técnica e a defesa moral do meu ex-prefeito Sanchotene Felice, que está aí batalhando, porque ele lutou diariamente, trabalhando incessantemente pela cidade e fez um mandato que saiu de Uruguaiana com aprovação, saiu aprovado de Uruguaiana”. Para Fernando está clara a “flagrante e dolosa propaganda eleitoral”. Tal crime, segundo Alves, precisa de urgente repressão. “Isso desvirtua o processo eleitoral e a lisura da concorrência, vez que, se não pode o candidato se promover em rádio fora do horário eleitoral, não deve ser tolerada sua propaganda por emissora radiofônica, concessionária de serviço público, e por elemento alienígena (seu advogado e empregado de sua esposa), que por certo não traduz o senso comum dos uruguaianenses. A extensão da “entrevista” denota a vontade da emissora de franquear tal espaço para proselitismo eleitoral ao talante de seus interesses político-mercantis, em flagrante desvirtuamento da finalidade pública da concessão que titulariza”, finalizou o secretário.

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