Desde a madrugada de segunda-feira, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cargas Líquidas do RS (Sindiliquida) bloqueiam a entrada e saída de caminhões do Terminal Petrolífero da Ipiranga, em Canoas.
O protesto faz parte do “estado de greve”, decretado pelo Sindiliquida no dia 25 de fevereiro, após a entidade e a Ipiranga Produtos de Petróleo não firmarem um acordo sobre a contratação de um operador para o abastecimento dos caminhões na base de Passo Fundo, onde há um chamado pool petrolífero formado pela Ipiranga, que administra a base, a BR Distribuidora e a Raízen. Neste terminal são os motoristas os responsáveis pelo procedimento.
Todas as bases petrolíferas do Rio Grande do Sul têm operadores capacitados para fazer o carregamento de combustível, apenas na base de Passo Fundo, que não há. Conforme o vice-presidente do Sindiliquida, Marcelo Flores, novas paralisações nas bases da Ipiranga em Santa Maria, Rio Grande, Uruguaiana e Cruz Alta estão previstas para os próximos dias. O sindicato questiona os riscos à saúde dos caminhoneiros.
– A Ipiranga poderia contratar operadores. Mas opta por utilizar uma categoria, onde não há nenhum controle sob esse motorista – explica Marcelo.
A Ipiranga informou, através da assessoria de imprensa, que opera em todas as suas bases de distribuição de combustíveis no Brasil dentro dos mais rígidos padrões de segurança, em conformidade com a legislação brasileira e em alinhamento a práticas internacionais. O carregamento de caminhões-tanque no Terminal Petrolífero de Passo Fundo é realizado por motoristas, treinados periodicamente e supervisionados pelas empresas distribuidoras.
Sobre a paralisação da base de Canoas, a Ipiranga informou que a obstrução dos portões de acesso pelo Sindiliquida contraria ordem judicial.
Em agosto do ano passado, o terminal de Passo Fundo chegou a ser interditado por decisão do Ministério do Trabalho, mas uma liminar foi concedida para que a paralisação das atividades não impactasse no abastecimento dos municípios atendidos pela base. No último dia 18 de fevereiro, a Justiça manteve a liminar que garante o funcionamento terminal.
O Sindiliquida afirma que continua em estado de greve.
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