quarta-feira, 12 de março de 2014

Coluna do Magrão

Enfim o carnaval começa a movimentar a cidade. A estrutura da passarela do samba na Avenida Presidente Vargas está mudando a rotina na área central. A fantástica estrutura metálica, aliás, esse ano parece ser mais “clean” do que a do ano passado, nao se sabe se por nova ou por pintada, pois a empresa é a mesma. Os comerciantes da região novamente não gostam. Os motivos são variados, porém com um ponto em comum, é ruim para os negócios – dificulta o acesso, segundo os empresários, da clientela aos estabelecimentos.
O que está chamando atenção este ano é o comportamento da população, de espanto para com essa estrutura, parece ser algo que recém está sendo notado pelas pessoas. Nunca se teve tanta reclamação sobre o fluxo na pista de rolamento como este ano, como se fosse a primeira vez que essa estrutura está na Presidente Vagas. Nossos motoristas queixam-se da falta de sinalização, reclamam da falta de orientação, e a população em geral reclama do desconforto de não poder escolher onde quer cruzar.
De toda forma o carnaval se faz notar. A essa altura do campeonato alguma coisa tem que chamar atenção. Lamentavelmente, as atividades carnavalescas promovidas pelas escolas de samba não tem conseguido este intento. Este ano o carnaval até agora chamou a atenção pelo off-road. A carnavalidade ainda não explodiu. Tem um ar de ‘’não sei qual é’’ no ar. As reclamações, queixumes e ladainhas sobre o cotidiano das escolas de samba parecem ter ocupado mais a atenção do uruguaianense do que o que será apresentado nos desfiles das escolas de samba. Aliás, 2014 vai entrar para a história do carnaval como o ano dos insurgentes, os vira-casaca se manifestaram o verão inteiro, fizeram do carnaval um tanque de lavar roupa suja. Não fosse a situação preocupante sobre a saúde financeira do carnaval, estes assuntos seriam um belo tempero para a galhardia do carnaval.
Mas o clima de instabilidade provocado pela falta de conhecimento e trato com o produto carnaval praticado pelos atuais organizadores, cartolas e dirigentes, não permite esta descontração. Num clima apreensivo, desconfiado, e consequentemente sisudo, vamos erguendo o carnaval de 2014. A estrutura metálica está lá na avenida, para provar.

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