A Secretaria de Saúde, local onde funcionam serviços de armazenamento de medicamentos, atendimento médico, marcação de consultas e até exames laboratoriais, ficou sem energia elétrica durante todo o expediente na última terça-feira. A falta de energia ocorreu em razão da troca de equipamentos no sistema elétrico que apresentava problemas há mais de seis meses e que nas últimas semanas agravaram provocando quedas constantes.
Apesar da troca de equipamentos trazer benefícios aos funcionários e pacientes, o que preocupa agora os enfermos é o atendimento médico que em razão dos imprevistos, foi prejudicado. Os pacientes que foram até a secretaria na segunda e terça-feira foram orientados a voltar para casa. Eles deixaram seus dados com as funcionárias que prometeram ligar no mesmo dia para dizer quando o atendimento seria prestado. No retorno, um dia depois, elas informaram que os pacientes serão atendidos na semana que vem e alguns daqui a 15 dias. Vale destacar que todo o paciente que agenda consulta através da secretaria de Saúde já foi atendido pelo médico do posto do seu bairro ou pelos profissionais do Pronto Socorro, pois sem a “indicação” concedida pelos profissionais, não é possível marcar nova consulta. A demora seria em razão da rede elétrica agora parcialmente substituída, já que ao longo dos meses, principalmente nas últimas semanas, a secretaria ficou sem energia em várias oportunidades, e os pacientes dispensados.
A sala de marcação
Na peça com pouco mais de 4m2, denominada sala de marcação, 90 fichas de atendimento são distribuídas a partir das 8h e 90 a partir das 14h. Para conseguir uma ficha os pacientes vão para a secretaria assim que o dia amanhece, e nesta sala permanecem até que as funcionárias cheguem. A distribuição de fichas é feita por duas moças, que despreparadas, permitem que idosos aguardem na fila sem respeitar seus privilégios. Elas gritam com os pacientes e os tratam de forma desumana. “Se vocês não sentarem e ficarem de bocas fechadas eu não vou explicar nada”, gritava a atendente que precisava anunciar que a secretaria estava sem sistema informatizado e que os enfermos teriam que voltar numa outra hora.
O mesmo processo feito pela manhã, também é realizado á tarde. Mais de 100 pessoas disputam fichas em cada turno, numa sala com pouca estrutura e com ar condicionado que se desliga a cada queda de luz. As consultas são agendadas num prazo que não condiz com a urgência exigida pelo médico que encaminhou os pacientes ao especialista, deixando pessoas sem atendimento por vários dias e semanas, as obrigando a retornar ao Pronto Socorro em busca de ajuda.
O prefeito Luiz Augusto Schneider não atendeu a nossa reportagem na tarde de ontem, já a secretária de Saúde, Saionara Marquez, disse na terça-feira que o problema estava sendo solucionado, referindo-se a falta de energia.
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