segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Farmácias de Uruguaiana não têm farmacêutico em tempo integral

No Brasil, 35% das farmácias e drogarias não têm farmacêutico em período integral. O que significa que, em determinados períodos do dia ou da semana, o atendimento ao público é feito sem presença do profissional responsável. A informação é do Censo Demográfico Farmacêutico, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação do Mercado Farmacêutico (ICTQ). Os dados foram coletados junto aos conselhos regionais de farmácia do país entre agosto e dezembro de 2013.
Segundo o levantamento, ao todo, são 76.483 farmácias e drogarias no país, das quais 26.613 apresentam o problema. Já 4.852 estabelecimentos, ou 6% do total, não contam com farmacêutico em período algum. Por lei, o técnico farmacêutico responsável deve estar presente nas farmácias e drogarias durante todo horário de funcionamento.
Ainda de acordo com o censo, os estados de Alagoas e de Sergipe são os mais deficientes quanto à presença dos farmacêuticos: 97% das farmácias e drogarias dos dois estados não têm farmacêutico em período integral. No Pará e no Piauí, essa deficiência é de 95%.
O Jornal CIDADE fez contato com dez farmácias de Uruguaiana, a fim de averiguar a situação e o resultado foi negativo. Em sete delas, o farmacêutico não estava no estabelecimento, sendo que em três os próprios balconistas “esclareceram” nossa reportagem quanto a diferença entre duas medicações adquiridas apenas mediante a receita médica. Numa das farmácias, localizada na Rua Alceu Wamozy, a atendente disse que a farmacêutica vai a farmácia uma vez por dias, das 12h30 ás 13h, pois está fazendo um mestrado. Em outra, na Presidente Vargas, o farmacêutico responsável é o proprietário do estabelecimento, que costuma estar na farmácia pela parte da manhã ou tarde. 
Toda a farmácia ou drogaria deve ter trabalhando em tempo integral, um farmacêutico responsável legalmente habilitado.

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