quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

COLUNA DO MAGRÃO

Dona Ivone Panchiche, eterna consulesa do Grêmio em Uruguaiana, despede-se de suas memórias tricolores no Olímpico nesta crônica que repassamos agora.

Adeus, meu velho Olímpico

No dia 9 de março de 1951, o então prefeito de Porto Alegre, Ildo Meneghetti, e o presidente do Grêmio, Saturnino Vanzeloti, assinaram a escritura definitiva dos 75.000 m² iniciais de terreno que foram trocados, em permuta pelo campo da Baixada (primeiro estádio do Grêmio), localizado nos moinhos de vento, atual parcão.
No Local existia uma vila chamada ‘’Vila Caiu do Céu’’. Os moradores foram todos reassentados em outro local, pela direção do Grêmio, auxiliados pela prefeitura de Porto Alegre.
A capacidade do estádio, atualmente, é de 55.500 pessoas, mas já foi maior.
Possui entre outras coisas: vestiários, restaurante, lanchonetes, salão de honra, concentração para jogadores, departamento médico, departamento juvenil, departamento de atletismo, departamento de bolão, pista atlética, quadra de basquete, tela olímpica, gramado suplementar, uma capela, 45 camarotes c/ Frigobar, telefone, banheiro, todos c/ amurada de proteção. 3.060 cadeiras especiais, 30 cabines suspensas na marquise, para rádios, destinados a imprensa na marquise com toda a infra-estrutura necessária, uma central de processamento de dados, dotada de vários computadores, um museu e um salão com mais de 2.000 troféus.
O campo tem 77 m² de largura por 112 de comprimento, 8.624 m² de grama, assentada pela Dra. Maristela Kuhn, Uruguaianense, filha do falecido Dr. Romanus Kuhn.
A iluminação está distribuída por 6 postes de cimento armado, com 30 metros de altura. Cada poste c/ 18 refletores de 15.000 watts cada um, atingindo um total de 162.000 watts.
A inauguração oficial aconteceu no dia 19-09-1954, ás 15h. Jogaram na ocasião, o Grêmio e o Nacional do Uruguai. O vencedor foi o Grêmio, por 2 X 0, ambos os gols de autoria do atacante Victor.
Para quem não conhece o Olímpico eu devo dizer que é mais ou menos equivalente a oito ou nove quadras completas, destas que temos aqui na cidade.
Quase todo o material empregado no estádio, foi doado. Só o nosso Consul da época, doou uma quantidade impressionante de tijolos, o Sr. Bortolo Borin, já falecido. 
Apesar de ao longo de quase 60 anos terem sido realizados mais de uma centena de grenais, uma final de Libertadores, e outra de campeonato Nacional, o Record de público aconteceu contra a Ponte Preta de Campinas, S. Paulo, no dia 26-04-1981, camp. Nacional. O Grêmio chegava pela primeira vez a semi-final deste evento e o público chegou a 85.751 pagantes e 98.421 de público total. O Grêmio perdeu o jogo por 1 X 0, mas como havia vencido em Campinas por 3 X 2, se classificou para a final contra o São Paulo, e acabou sendo campeão Nacional pela primeira vez, sendo a segunda em 1996.

0 comentários: