Isabela Lima, de 25 anos tem uma paixão diferente em sua vida – o skate. Diferente da maioria das mulheres que opta pela academia, pelo voleibol e até mesmo futebol, Isabela escolheu o skate com atividade física e mental, já que ele o ajuda a enfrentar os desafios do dia a dia.
Campeã do Circuito de Skate do Interior realizado neste mês, Isabela conheceu o esporte de perto aos 21 anos, através do marido Marcelo, praticante de skate. No ano seguinte, a jovem já estava participando de competições, chegando á conquista o vice-campeonato gaúcho, em 2012. O título deu a ela a chance de disputar o campeonato brasileiro, porém, devido á falta de apoio, a skatista acabou não participando. “Não temos apoio. Somente a loja Capeta apóia os skatistas em Uruguaiana”, disse ela.
Isabela conta que o preconceito foi o maior desafio enfrentado nestes anos de pista. “Uma vez fui destratada por uma senhora dentro de um ônibus, em Gravataí. Ao me der com o skate na mão, ela exigiu que eu descesse, pois segundo ela, um skatista não merecia ocupar o mesmo espaço que uma pessoa abençoada”, contou Isabela.
Em Uruguaiana, Isabela sofreu preconceito semelhante, aliás, não somente ela, mas todos os skatistas que treinam na pista do Parcão. Isabela conta que o grupo encontrou um cão ferido nas proximidades e que passou a cuidar e alimentar o mesmo. Aos poucos o cão foi se recuperando, até que apareceu um rapaz para adotá-lo. Enquanto o rapaz conversava com uma senhora que caminha no Parcão, o grupo aguardava atentamente pela adoção do cãozinho, foi então que a senhora apontou os skatistas como sendo os responsáveis pelo estado do animal. “Ela disse que éramos nós os agressores, nos apontando como marginais. Mal sabia aquela senhora que nos éramos que havíamos o salvado”, finalizou.
Isabela é mais uma prova de que o Skate é um esporte saudável e praticado por pessoas do bem.
Isabela Lima
S.I.G. participa desde 2011, 25, começou a andar aos 21 anos, motivada pelo marido que era skatista. 2012 II no Circuito Gaucho, perdeu a oportunidade de participar do brasileiro por falta de apoio. Na pista de skate, só ela.
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