terça-feira, 29 de agosto de 2017

Freio de Ouro: Final leva 20 mil pessoas ao Parque Assis Brasil


Mais de 20 mil pessoas assistiram a final do Freio de Ouro neste domingo, 27/8, na programação da 40ª Expointer. A prova reuniu animais, ginetes e produtores gaúchos e de outros estados brasileiros, além de uruguaios, argentinos e paraguaios e contou com um desfile comemorativo dos 85 anos da entidade, que fez um resgate histórico da trajetória do prêmio, exaltando a presença da raça crioula no estado e no Brasil.
Esta foi a 36ª edição da competição e, de acordo com a realizadora, Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), a final foi “à base de inovações e evolução, além de reconhecimento e oportunidades a novos personagens”. O Freio de Ouro ficou com PN Cambiasso, na categoria macho, e Capanegra Quinta Sinfonia, na categoria fêmea. Os dois animais levantaram o público das arquibancadas.
Neste ano, a prova trouxe algumas novidades, como a premiação para o quarto lugar. Também foi instituído o prêmio Craque Funcional, que na categoria fêmea ficou com a Capanegra Quinta Sinfonia, e na categoria macho, foi para PN Cambiasso.
Além das inovações, Eduardo Móglia Suñe, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), destacou o alto nível da competição. “Já havíamos dito durante as provas preliminares, que os animais estavam muito bem preparados e que era impossível apontar favoritos, o que acabou se confirmando”.

A fêmea

Guiada pelo ginete Eduardo Weber de Quadros, Capanegra Quinta Sinfonia é resultado da parceria entre as cabanhas Capanegra, de Dom Pedrito, e Gameleira, de Goiânia (GO). Para Fernando Dornelles Pons, um dos expositores, a parceria entre as cabanhas está consagrada com esta vitória, que também é resultado do treinamento que a égua recebeu em Carazinho. “Estamos satisfeitos, pois o público tomou a Capanegra como a grande favorita, simpatizou com ela, que deu o seu recado durante as provas”, afirmou. Quadros justificou a sua vitória como uma consequência do trabalho em equipe e conjunto com as cabanhas. “É a primeira a vez que participo da premiação e atribuo o meu desempenho ao trabalho intenso de todos”, destacou.

O macho

PN Cambiasso, da Cabanha Positivo, de Portão, foi montado pelo ginete Adriano Comunelo. O expositor Jonas Leopoldino de Souza conquistou o primeiro título da Cabanha que tem 15 anos de trabalho e disse que é um orgulho receber o prêmio máximo de uma disputa importante para a raça. Em 2016, PN Cambiasso ficou em quarto lugar e, este ano, o cavalo que completa dez anos tornou-se vencedor. “A gente costuma dizer que PN Cambiasso é domingueiro: quando chega no domingo ele faz diferente”, completou. Com 32 anos de idade, Comunelo disse que realizou um dos maiores sonhos de sua vida, construído em 20 anos de trabalho. “Isso tem que ficar de lição, pois temos que acreditar que o impossível pode se tornar realidade”, disse. 

O ginete

O prêmio de Ginete do Ano foi para Fábio Teixeira da Silva, que trouxe nove animais classificados para a grande final. A partir desta edição do Freio de Ouro a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) instituiu também o prêmio Craque Funcional, que na categoria das fêmeas ficou com a Capanegra Quinta Sinfonia, alcançando inclusive a maior média funcional da história do Freio. Já na divisão dos machos, a premiação foi entregue a PN Cambiasso.

Comemoração 

Ao final da prova, o público invadiu a pista e os vencedores tiveram até banho de champanhe. Para o vice-governador, José Paulo Cairoli, que entregou o prêmio ao primeiro colocado, a prova mais uma vez demonstrou que o cavalo crioulo é símbolo do estado “e tem aqui um significado muito forte”. Cairoli parabenizou criadores e produtores pelo nível dos animais e ressaltou que o Freio de Ouro “é uma concentração de esforços, a Fórmula 1 dos cavalos, sem dúvida”.

Gabriela Barcellos


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