Por Elder Filho
“Sou pecuarista na localidade de Pontas do Salso, município de Santa Margarida do Sul, nossa região é divisa e faz confrontação com os seguintes municípios: São Gabriel, Lavras do Sul, Vila Nova do Sul e Santa Margarida. Desde 2011 passamos a ser assolados por inúmeros abigeatos. Vários produtores foram vitimas onde tiveram seus bois abatidos a tiros, cujo o padrão é sempre o mesmo, um tiro na cabeça depois são sangrados e ficam no local somente as vísceras. O numero também é padrão. Sempre 5 animais. Só de lindeiros, foram 21 bois abatidos, afora os mais distantes. Incluem-se nesta lista o furto de ovinos cujas fotografias lhe enviei. Os prejuízos são alarmantes aliados a preocupação dos produtores pois os autores estão cada vez mais audazes. Fui procurado por alguns produtores, pois sou aposentado da policia civil, e estes julgam que possuo meios de orienta-los. Organizamos uma reunião, independente dos sindicatos, e vamos tentar montar uma vigília nestes meses que antecedem o final do ano. Mas preocupa-nos, pois não temos o poder de policia e por certo os autores andam armados. Recorremos a imprensa, pois possui voz ativa, fala pelo povo, e sei de carreira que os órgão de segurança devem ser provocados, visto a enorme demanda que possuem as cidades e a carência de Policiais e recursos, sei bem pois sou oriundo da policia civil. Preocupa-me mais ainda o descrédito que os órgão de segurança estão tendo. Este tipo de delito vem assolando nossa região há anos. Os prejuízos atingem desde o grande ao pequeno produtor. Veja, desde o ano passado foram 50 bois mortos a tiros, sem contar ovinos. Dia 13 passado, ensaiamos uma reunião com os produtores próximos da nossa região, a mais afetada”.
Este produtor, a exemplo de inúmeros em nosso estado, sofre na carne com o abigeato. Crime, via de regra sem solução. É sabido: Quem rouba um bem, sejam animais ou materiais, tem alguém que está a espera para comprar, receptar. É tão difícil assim localizar estas quadrilhas, que todos os anos praticam, com o mesmo “modus operandi”, este tipo de crime? Os prejuízos, sejam financeiros aos incautos produtores, sejam a saúde da população que vai consumir estas carcaças objeto de roubo, são recorrentes. A eterna reclamação de falta de pessoal e de equipamentos já não é mais aceitável. Se faz necessária uma ação que coíba, peremptoriamente, o abigeato. O apossar-se de bens ou dinheiro alheios parece haver-se estabelecido neste país. Basta. Há que se dar um basta. O depoimento que abre esta narrativa foi dado, em absoluta consciência de incapacidade frente aos fatos, pelo produtor Sérgio Cabreira, de Santa Margarida do Sul. Pasmem: Policial Civil aposentado!!! Não encontrando mais meios, resolveu apelar à Imprensa, aqui não me vanglorio de nada. Fiquei é preocupado mesmo, mas me obrigo a pensar o que leva um produtor a procurar a mídia para que algo, pelo menos, seja feito a respeito. Indignado postei imediatamente no facebook seu pleito. Como um raio guacho Tadeu Vilani e Humberto Trezi - leia-se ZH- entraram em contato e passamos a trabalhar na questão, buscando maiores informações. Nossa tarde de Domingo virou trabalho. E à eles toca a informação jornalística do problema. Senhores!! Isto vale também para nossa região. Tudo se pode, nada se faz contra o poder praticar, livremente, o ilícito. Urge a necessidade de ações práticas, de tomada de posições firmes. Isto tem que acabar. Em tempo, as fotos que ilustram este artigo são, propositadamente para chocar, para estarrecer... quem sabe alguém....
0 comentários:
Postar um comentário