terça-feira, 21 de outubro de 2014

Vereadores ignoram o interesse do povo e fecham supermercados aos domingos


A Câmara de Vereadores aprovou na sessão ordinária desta quinta-feira, 16/10, o projeto de lei de autoria dos vereadores Marcelo Lemos (PDT) e Gilberto Risso (PMDB), que determina aos super e hipermercados do município fecharem suas portas em domingos alternados.
A matéria causou polêmica assim que foi apresentada, com alguns empresários e população contrários à medida. Os parlamentares alegam a defesa dos micro e pequenos mercados da cidade que, desta forma, poderão vender seus produtos a preços mais elevados, fomentando, com isso, a inflação e o custo de vida em Uruguaiana. Para os Edis, isto é sinônimo de desenvolvimento, pois com os grandes estabelecimentos fechados, os pequenos obterão lucro, pois não enfrentarão concorrência, prejudicando justamente a população mais pobre dos bairros e vilas da cidade. Os mercados da vizinha Paso de Los Libres já comemoram a medida brasileira, que traz oculto o protecionismo aos lojistas que veem nos supermercados seu principal concorrente, pois oferece de secos e molhados a eletrônicos, passando por pneus e até ferragens, tudo a preços competitivos, beneficiando o consumidor que assim, consegue fugir da esfola financeira.
Segundo Marcelo Lemos, o interesse dos sindicatos de empregados também foi levado em conta para garantir domingos de lazer àqueles que mantiverem os empregos, claro. Não há problema em comprometer o domingo de lazer dos pequenos e seus familiares, pois estes são empreendedores que, mesmo pequenos, são retrógrados e não se incomodam em perder o descanso para trabalhar.
A aprovação foi por seis votos a três. Concordaram com os proponentes os vereadores Rafael Alves (SDD), Irani Fernandes (PP), Dudu do Samba (PMDB) e Fernando Tarragó (PSDB). Rejeitaram os vereadores Egídio Carvalho e Jussara Osório (PSDB), e Adalberto Silva (PP). Josefina Soares (PP) abandonou a sessão, e o presidente Ronnie Mello (PP) só vota em caso de necessidade de desempate. O projeto agora é encaminhado ao Poder Executivo. Será o prefeito Luiz Augusto Schneider quem agora poderá impedir que a esdruxula lei entre em vigor ou não, através do veto, situação na qual os vereadores precisarão obter adesão de mais dois companheiros para derrubá-lo (o veto).

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