Policiais federais de todo o Brasil farão uma greve de 72 horas, entre a quarta-feira (22) e a sexta (24). A paralisação, que ocorre às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, busca criticar as interferências e a falta de compromisso do governo federal com a categoria.
O movimento começa já na noite de hoje (21), com atos em todas as capitais do País. A greve deve envolver os agentes, escrivães e papiloscopistas federais, que estão com salários congelados há seis anos. O grupo afirma que o estopim para a realização da greve é uma Medida Provisória que restringe os postos de chefia e o conceito de autoridade policial somente para quem possui o cargo de delegado.
A alegação é que a MP cria uma hierarquia política na Polícia Federal e retira autonomia técnica dos demais agentes envolvidos nas investigações. “Queremos uma polícia com chefes que mereçam os seus cargos pelo mérito e pela experiência”, afirma Jones Borges Leal, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais. A entidade que puxa a greve considera que a situação da Polícia Federal é caótica. Eles dizem que anualmente 250 agentes federais abandonam a carreira. Argumentam ainda que é altíssimo o índice de doenças psíquicas e é visível uma queda no número de indiciamentos.
“A Polícia Federal está sendo destruída, e é um absurdo como são desperdiçados os recursos financeiros e humanos, enquanto a população brasileira precisa do combate ao crime organizado e corrupção”, argumenta Leal.
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