quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Safra de arroz prevê 1,1 milhão de hectares cultivados


Os produtores gaúchos devem semear 1,1 milhão de hectares de arroz (1.121.399/ha) na safra 2014/2015, com o plantio que se inicia nos primeiros dias do mês de setembro. A área é equivalente à da última safra (1.120.112/ha), conforme estimativa do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), divulgada no domingo (31), durante a 37ª Expointer. Para a soja, a previsão é de 320.649 hectares, em rotação com o arroz.
De acordo com o presidente do Irga, Claudio Pereira, a perspectiva de ocorrência de El Niño nos meses de outubro e novembro, época do plantio, levou à manutenção de área, tanto para o arroz quanto para a soja. “Com os mercados de arroz e de soja estabilizados, devido aos preços atrativos, o Irga acredita que os produtores terão uma colheita com ótimos resultados”, afirma.
Quanto à produtividade, a expectativa é de que retorne ao patamar próximo dos 7,5 mil quilos por hectare. A capacidade dos mananciais, tanto de barragens e açudes, quanto de captação direta (rios e arroios), é plena em todas as regiões. “Água não é problema”, ressalta. O preparo antecipado do solo é de 49,5% em média, maior do que o ano passado, que nesta época do ano estava em 48,8%.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, destaca as medidas para favorecer a comercialização e a renegociação das dívidas dos produtores, com um investimento de R$ 2,7 bilhões. “Conseguimos exportar mais arroz do que importar nos últimos três anos, e a ação conjunta do Estado com a classe produtiva contribui para a estabilidade, tanto na área plantada, quanto na produção e no preço. Um cenário positivo para o produtor e para a indústria”, destaca Fioreze.
Preparo antecipado
As boas condições do clima, nos últimos dias, beneficiaram o produtor que acelerou os trabalhos no campo. O grande destaque é a Fronteira Oeste, que tem 79% da área pronta para o plantio, seguida pela Planície Costeira Externa, com 55%. O plantio na época ideal é uma das maneiras de alcançar altas produtividades, mesmo em anos de El Niño, em que a tendência é puxar as produtividades para baixo.

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