quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Conselho acompanha possível abuso de menina de 2 anos

O Conselho Tutelar foi acionado na noite de sábado, a acompanhar uma situação envolvendo uma menina de 2 anos. Conforme o Conselho, a criança disse à sua cuidadora, que o “avô teria machucado na bundinha”. “Não haviam lesões visíveis, e segundo a cuidadora, o possível crime não teria ocorrido naquele dia”, disse Flavia Kuhn, conselheira tutelar. 
Flavia enfatizou que o Conselho acompanhará o caso que também foi denunciado à Polícia Civil. 
O homem denunciado é esposo da avó da criança e não mora na mesma residência que ela. 
Uma pesquisa publicada recentemente mostra que uma em cada 14 mulheres já foi – ao menos uma vez em sua vida – vítima de abuso sexual por alguém que não é seu parceiro.
A informação é resultado de um estudo realizado em 56 países e publicado na revista The Lancet, uma das publicações científicas mais respeitadas na área de saúde pública.
No entanto, a própria publicação sublinha que o medo de ser responsabilizada e a falta de apoio de família, amigos e serviços públicos leva a um número menor de denúncias e afeta a ajuda que deveria ser dada às vítimas. Além disso, sabe-se que a forma mais comum de violência contra a mulher é perpetrada por um parceiro íntimo, segundo a ONU.
“A violência contra as mulheres não está confinada a uma cultura, uma região ou um país específicos, nem a grupos de mulheres em particular dentro de uma sociedade. As raízes da violência contra as mulheres decorrem da discriminação persistente contra as mulheres”, afirma a ONU.
Na pesquisa apresentada pela Lancet, os autores afirmam que a situação varia muito de país para país. Enquanto na Região Central da África Subsaariana a taxa de mulheres vítimas de abusos chega a 21%, na Ásia a média é de 3,3%. A média mundial de mulheres com 15 anos ou mais que dizem ter sido atacadas sexualmente por alguém que não é seu parceiro é de 7,2%.
O estudo, realizado em parceira com a Organização Mundial de Saúde (OMS), foi realizada com base em estudos publicados entre 1998 e 2011, recolhendo 412 estimativas em 56 países. Na introdução, os autores do estudo citam os casos de estupro coletivo de mulheres jovens na Índia e na África do Sul. De 2012 para cá, os casos reverberaram na imprensa e provocaram comoção popular, especialmente na Índia, onde ocorreram uma série de manifestações.

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